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Pera, os Pink Fairies voltaram com disco novo em 2018?

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Clássico do pré-punk, embrião do Motörhead (Larry Wallis, guitarrista em uma de suas últimas formações clássicas, estava no grupo de Lemmy Kilmister no começo), os Pink Fairies estão de volta.

https://www.youtube.com/watch?v=iYDTaAZAQns

O retorno tem como líder Paul Rudolph, que era cantor e guitarrista da banda em seu comecinho. Paul estava nos vocais do principal hit da banda, Do it, que você ouve acima. Ao lançar material antigo de seu grupo pelo selo Cleopatra Records, ouviu da gravadora a proposta: por que não junta uma galera e faz um disco novo da banda?

Rudolph, que após deixar os Pink Fairies substituiu ninguém menos que Lemmy Kilmister no baixo do Hawkwind, convidou Alan Davey – que por sinal o substituiu no Hawk – para ocupar as quatro cordas na nova era do grupo. Davey lembrou-se de Lucas Fox, baterista da formação original do Motörhead, e o convidou para a nova formação.

Olha aí o clipe de Old enuff to know better, primeiro single do disco. Sim: o som lembra um Motörhead meio stoner.

Nesse papo com o site Hit-Channell, Rudolph responde dúvidas que andavam há anos pela cabeça dos fãs. Para começar, sim, ele se sente à vontade com o rótulo “proto-punk” costumeiramente dado aos Pink Fairies. Considera que sua banda foi uma das primeiras formações punk e lembra de Johnny Rotten, dos Sex Pistols, ter dito que se influenciou bastante pelo som deles. Rudolph também passou pelos Deviants, interessantíssima banda undergroud britânica do fim dos anois 1960, liderada pelo escritor e jornalista Mick Farren.

Olha aí Billy the monster, uma das músicas mais legais deles. Paul toca guitarra.

Rudolph também se recorda da maravilha que foi trabalhar com uma das figuras mais extraordinárias da era pré-punk, Robert Calvert, misto de letrista e pensador oficial do Hawkwind. Paul foi um dos músicos que acompanhou Calvert numa pouco conhecida ópera-rock de sua autoria, Captain Lockheed and the Starfighters, de 1974. Um artigo do The Guardian sobre Calvert deixa claro que, não fosse pela inteligência e sagacidade do letrista (que foi professor de línguas antes de abraçar o rock), o Hawkwind seria apenas “mais uma” banda da psicodelia britânica.

Paul Rudolph também trabalhou no quarteto básico de discos de Brian Eno, começando com Here come the Warm Jets, de 1974.

O novo Pink Fairies encontra uma trabalheira pela frente: os três integrantes têm carreiras paralelas e moram afastados um do outro. Alan Davey mora na Califórnia, Rudolph vive no Canadá. Lucas mudou-se para a França nos anos 1980 e passou a trabalhar nos bastidores, envolvendo-se até com o festival Midem, e com a promoçao de bandas francesas no mundo todo. Paul diz não ter certeza sobre se a banda irá fazer turnês ou não. Seja como for, já foi uma volta digna de nota.

Inclusive, se você não ouviu o novo disco, pega aí.

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