Crítica

Ouvimos: Windoc, “Human error”

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  • Human error é o primeiro álbum do Windoc, banda de Ontário, Canadá, que une punk e metal, com tendências a soar mais parecido com as bandas pesadas dos anos 1980 e 1990. O grupo havia lançado apenas um EP em 2019, mas teve planos interrompidos pela pandemia. Para retornarem, precisaram ajustar cronogramas pessoais (cada integrante tem seu próprio rolê de trabalho e de outras bandas).
  • O nome da banda foi tirado do nome de um barco que bateu em uma ponte perto de Ontário. “Talvez de alguma forma o nome estranho não tenha nos ajudado, mas liricamente sempre fomos propensos a chamar a atenção para a natureza destrutiva dos humanos e da sociedade”, diz o grupo aqui.

O Windoc abre seu primeiro disco com uma faixa que lembra bastante uma introdução de música dos primórdios do Metallica – riff na frente, sonoridade quase épica, coisas do tipo. O álbum vai seguindo e mostrando a verdadeira face do grupo, que é mais ligado à mescla de hardcore e death metal,  mas com arranjos mais lentos do que o das bandas classificadas como crossover (uma turma que inclui D.R.I., Ratos de Porão e muitos outros). As dez faixas têm sonoridades sombrias, vocais guturais (na cola de Max Cavalera) e letras que falam da realidade quase como se fosse um filme de terror.

São músicas, por sinal, bem curtas: Human error tem menos de vinte minutos, letras rápidas e combinações bem dinâmicas de riffs e palhetadas, como rola em Death sentence, Nightmare, na fúnebre Extinction e nos ritmos quebrados da faixa-título, além de W.T.G.W., rap-death metal gravado com o grupo de hardcore Reality Denied. Windoc, por sua vez, é um instrumental tocado no violão, com sonorização de telejornal, que tenta levar para o disco a história que inspirou o nome do grupo.

Em termos de letras, Windoc é uma banda bastante poltizada, usando o termo “erro humano” como senha de compreensão para todas as faixas – muito de Human error fala de tecnologia, ecologia, guerras, genocídio e cagadas do ser humano de modo geral, além de alguma esperança. No fim, Disarmed inclui mais partículas de hip hop no som do grupo, com argamassa de death metal e certo balanço em batidas e vocais.

Nota: 7,5
Gravadora: Independente

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