Crítica
Ouvimos: Tiaslovro – “Portos do Reino” (EP)
RESENHA: EP de estreia de Tiaslovro cria um folk imagético e misterioso, entre ecos de Donovan, Fleet Foxes e psicodelia brasileira.
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Músico e criador audiovisual, Matias Lovro, o Tiaslovro, procurou fazer música imagética em seu primeiro EP, Portos do Reino. Quase sempre consegue fazer o/a ouvinte imaginar algo bem misterioso e desconhecido, em faixas de folk contemplativo e introspectivo. Mountain, com percussão e violão, fala em luzes do sol, distâncias e lugares a explorar, com um ritmo que vai se formando na frente de quem ouve a faixa. Chamado selvagem (O lobo) lembra Donovan, com uma letra que, entre vocais e sussurros, fala sobre voltas no tempo e nas gerações.
Torre do tempo também faz lembrar o cantor de Atlantis, mas em clima bem mais sombrio e menos pastoril. Já Dona Leoa soa como algo da psicodelia brasileira, ou como um Jethro Tull sem a flauta de Ian Anderson. No final, a faixa-título é folk imagético, com referências assumidas de Fleet Foxes e Leonard Cohen, mas com algo bem próximo do som de cantores como Tim Buckley (o pai do Jeff). Na letra, recordações de aventuras em busca de verdade.
Texto: Ricardo Schott
Nota: 8,5
Gravadora: Independente
Lançamento: 22 de agosto de 2025.