Crítica
Ouvimos: The Waeve, “Eternal” (EP)
The Waeve volta com um EPzinho de três faixas que, ainda que pareça um complemento ao disco City lights (2024, resenhado aqui), soa independente e brilhante por si só. Eternal investe mais na melhor faceta de Graham Coxon e Rose Elinor Dougall, que é a de criadores de trilhas para filmes que não existem. As letras alternam entre falar sobre existência, e dissertar sobre o lado mais amargo do amor.
Eternal abre com Love is all pain, que parece uma canção do Duran Duran repaginada para parecer algo mais indie, com um saxofone que remete à vibe do álbum Diamond dogs (1974), de David Bowie. It’s the hope that kills you abre com guitarras distorcidas, e ganha aspecto sombrio como num tema darkwave, só que adoçado pelos vocais de Rose, e pelo clima celestial do refrão e do arranjo de cordas. A sofisticada faixa-título, por sua vez, é conduzida por violões e cordas, e por um sax que dá um ar quase experimental e progressivo para a faixa. Um EP que quase vale por um álbum inteiro.
Nota: 9
Gravadora: Transgressive
Lançamento: 14 de março de 2025.
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