Crítica

Ouvimos: The Kills, “Happier girls sessions” (EP)

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Quase um ano após lançarem um álbum, God games, dedicado a um rock-blues-soul de garagem, e a uma espécie de anti-gospel (que já servia como brincadeira com o próprio título do disco), a cantora norte-americana Alison Mosshart e o guitarrista britânico Jamie Hince – os dois do The Kills – retornam com uma espécie de complemento do disco. Happier girls sessions traz como novidade uma boa releitura de Happier than ever, sucesso de Billie Eilish. A cover havia sido feita pela dupla numa session acústica da rádio Sirius XM, e acabou agradando à gravadora do The Kills, a Domino, que pôs a dupla no estúdio para fazer uma releitura elétrica da faixa – no mesmo corredor lúgubre e garageiro em que Jamie e Alison costumam trilhar seu trabalho.

A releitura, cercada de guitarras e efeitos, é o diferencial do EP, que investe numa sonoridade acústica – ou pelo menos não-elétrica – nas outras cinco faixas, todas tiradas do repertório de God games. As releituras minimalistas de 103, New York, Better days e My girls my girls (essa, numa clima de luau e rodinha de violão, diferente do original) soam como demos feitas entre uma gravação e outra, ou um show e outro. E mostram que o Kills soa bastante criativo mesmo desprovido dos truques de produção de seus álbuns.

Nota: 7
Gravadora: Domino Recordings

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