Crítica

Ouvimos: Swave, “Foi o que deu pra fazer”

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O Swave é um supergrupo do rock brasileiro atual, reunindo músicos de bandas como Far From Alaska, Violet Soda, Supercombo e Sugar Kane – além da vocalista Aline Mendes, cantora solo com o codinome Alinbloom. Foi o que deu pra fazer, estreia da banda, não faz jus ao título: é um disco de rock despojado e repleto de uniões sonoras que, no fim das contas, apontam para o punk rock, em seu formato mais cantarolável e grudento.

Esse é o som que o Swave apresenta em faixas como Te assustar, Sirene, Já foi (com cara de anos 1990) e a ágil Despertador, com vibração mais pós-punk. Mesmo investindo em um punk mais acessível, eles também chegam perto dos Pixies em músicas como Mais uma vez (aberta com riff sombrio de guitarra, depois ganhando clima próximo do grunge), Vai cair (com abertura imediata e guitarras explosivas alternadas) e Longe do fim. Nada de extremamente inovador, mas o básico que gruda na mente e rende canções legais.

As letras de Foi o que deu pra fazer alternam temas como ansiedades, cobranças e autodescobertas – além do “estado constante de alerta” de Como eu vou?, lembrando discretamente bandas como Concrete Blonde. Na parte final do disco, faixas como DGE e Egotrip promovem uniões bem claras entre punk, grunge e até rap.

Nota: 8
Gravadora: Deck
Lançamento: 20 de março de 2025

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