Ouvimos: Sparxsea, “On the sea”

• On the sea é o disco de estreia da cantora norte-americana Sparxsea, que tem várias participações especiais, como as de dois ex-integrantes da banda Morphine (Dana Colley e Jerome Deupree) e do guitarrista da Dave Matthews Band, Tim Reynolds. Os produtores do disco são Will Holland e Will Bradford.
• O disco fala sobre a busca de Sparxsea por felicidade, depois de conviver por vários anos com o caos. “A dificuldade de crescer com pais alcoólatras e temer as brigas constantes por 18 anos criou em mim uma enorme busca por agradar as pessoas. A segurança se tornou minha felicidade. Construí uma existência monitorando meus arredores, reagindo para resultados pacíficos e permanecendo em silêncio com meus próprios desejos e emoções”, recorda.

Definida como uma cantora de indie-folk, a cantora de voz celestial Sparxsea se aproxima até do pós-britpop em alguns momentos de seu álbum de estreia, que propõe uma viagem introspectiva por um rio. As letras acompanham a jornada pessoal, que segue mais interna do que externamente, em músicas como Little wooden boat, Essence of me e na orquestral Deep, que encerra o disco e a história. No subtexto do disco, lembranças ruins e traumas deixados para trás, como na balada Roses in the street, e redescobertas em faixas como Essence of me.

Na sonoridade de On the sea tem muito de artistas como Kate Bush, Sting e até de coisas mais experimentais do rock britânico dos anos 1980 – e vá, lá, tem até alguma coisa do Coldplay da estreia Parachutes, mas espere, volte aqui! Justamente para acompanhar o tema do álbum, On the sea tem progressivices dosadas e uma onda bastante pop em boa parte do repertório, como no r&b folk de Chariot, no rock acústico de Daylight e na balada Forever love. Um disco em que o folk e a música pop promovem um encontro com o propósito pessoal e existencial.

Nota: 7
Gravadora: Independente

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