Crítica

Ouvimos: Morto, “O conhecimento sobre si é doloroso porque a verdade é inevitável” (EP)

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  • O conhecimento sobre si é doloroso porque a verdade é inevitável é o segundo lançamento da banda de metal de vanguarda Morto, de Natal (RN). O grupo é formado por Rafael Assunção (guitarras e vocais), Adriano Sabino (guitarras e efeitos), Matheus Cedraz (baixo) e Anizio Souza (bateria).
  • Os próprios Adiano e Anizio encarregaram-se da gravação, da mixagem e da masterização do disco. A capa foi feita por Garibaldi Soares. O disco de estreia do grupo, Sentir (2020), saiu em parceria com o selo potiguar Sopro, e ganhou edições em fita K7.

Mal dá pra entender as letras das duas longas faixas de O conhecimento…, novo disco do Morto – é uma opção da banda, que claramente prefere apostar num universo perturbador e instigante para seu trabalho. Se você já ouviu A sensação de controle é apenas a essência da fuga e O conhecimento sobre si é doloroso porque a verdade é inevitável, as duas faixas do disco (de vinte minutos) provavelmente passou um bom tempo viajando nos títulos das faixas, até mesmo antes de ouvir.

O som do Morto é metal de vanguarda, com longas canções, sonoridades entre o black metal, o post-rock e o grindcore, e vários movimentos diferentes em cada faixa – os títulos das músicas dão um tom existencialista ao que, à primeira vista, é só peso, distorção e vocais guturais. Além de um ou outro momento próximo do shoegaze, como nos paredes de guitarras que aparecem a certa altura de cada faixa. A música-título, lá pela metade, ganha uma beleza e uma introspecção mais próximas do metal clássico – uma exceção no EP.

Nota: 7,5
Gravadora: Independente

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