Crítica
Ouvimos: Lilywhite, “Silver lining” (EP)
Quarteto holandês formado por Dennes Fikken (voz, guitarra), Pim Klompenmaker (guitarra), Nathan Barnacle (bateria) e Yde Blaauw (baixo), o Lilywhite define a si próprio com a frase “pense no antigo Coldplay fundido com o Interpol e produzido por Daniel Lanois”. Sua discografia até o momento é formada por três EPs que flertam tanto com a neopsicodelia quanto com o pós-punk, sem necessariamente voltar muito ao passado dos dois estilos, e apostando sempre na criação de atmosferas sonoras.
Silver lining, terceiro e melhor EP até o momento, soa meditativo em April, quase desértico (com guitarras em clima de faroeste) em Cheeks are cold e celestial em Happily ever after – que abre em vibe meio country e tem momentos que lembram bastante o som de Kevin Ayers. What if we… abre quase como um blues gelado, conduzido por riffs de guitarra decrescentes e ambientação fria – logo vai ganhando ritmo quase marcial, conduzido por uma bateria e percussão herdadas do Velvet Underground.
No final, a melhor música: I want I trade I fear abre em clima quase fantasmagórico graças aos vocais e se revela um pós-punk com tons góticos, em que aparecem uma parede voadora de guitarras e violões, e um som que cobre a faixa, quase como uma sombra. Um encerramento perfeito para um EP que consolida o Lilywhite como um nome a se acompanhar de perto – por sinal, a banda anuncia que todos os EPs, mas a inédita Sunk, serão reunidos num LP chamado Future, que sai em breve.
Nota: 9
Gravadora: Minstrel Music
Lançamento: 14 de fevereiro de 2025.
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