Crítica

Ouvimos: Halleck, “Genesis”

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  • Carioca radicado em São Paulo, Thiago Halleck participou de bandas como Gangue Morcego e 1983, mais voltadas para o lado gótico do pós-punk. Halleck é o projeto solo que leva seu sobrenome, e que estreia com o álbum Genesis.
  • Halleck se diz influenciado por “post-punk, filmes de adolescente, new wave, glam, gothic rock, J-rock”. Antes do álbum, lançou singles solo e participou de coletâneas.
  • Thiago tocou todos os instrumentos, com participações de Ricardo Martins (guitarra) e Rafaela Mathias (backing vocals), entre outros.

Com este álbum e alguns singles lançados, Thiago Halleck soa como um artista dos anos 1980 perdido nos anos 2020. Um cara cujo Genesis abre com dedilhados lembrando Smiths e Legião Urbana (em 28 de agosto). E que segue adiante explorando a herança do pós-punk da época, às vezes lembrando bandas como Killing Joke e Joy Division, ou até nomes nacionais como Finis Africae e Hojerizah – especialmente em vocais e nas letras. Também há canções ágeis na onda de bandas como Buzzcocks (Babel), climas mais gélidos (Silent night) e muita coisa referenciada nas bandas que influenciaram grupos como Legião Urbana e Plebe Rude.

Não é um som inovador (a proposta possivelmente nem é essa), mas impressiona pelo resgate de uma época, de uma sonoridade e até de um design sonoro. VG, a segunda faixa, parece saída direto do antigo estúdio da EMI no Rio, Mundo real abre com vocais graves dialogando com o baixo agudo, e prossegue com sons fantasmagóricos. Tarde demais, que fecha o álbum, é new wave ao contrário, com aquela batida eletrônica puladinha da época, e tons góticos na melodia. Já Sol de novembro resgata a urgência de bandas como The Sound e A ratazana é o lado indie rock anos 2000 do projeto.

Nota: 7,5
Gravadora: Paranoia Musique

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