Crítica

Ouvimos: Duda Fortuna, “Dual”

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  • Dual é o novo álbum do cantor e compositor gaúcho Duda Fortuna, que tem como fio condutor um homenagem ao Rio Grande do Sul. O disco teve participações de sete produtores, entre eles Marcelo Callado, Ana Lima, Vini Cordeiro e Marcelo Granja.
  • O disco passou por gravações em lugares como Porto Alegre, Buenos Aires e o Rio de Janeiro – três faixas foram criadas, produzidas e arranjadas em terras cariocas. Leo Sosa (guitarra) e Santiago Santos (percussão), dois músicos uruguaios, participam do candombe Hola.

Feito em várias etapas e produzido por um grande número de pessoas, o terceiro disco do gaúcho Duda Fortuna une musicalidades e estilos, e é capaz de confundir o mais atento ouvinte. Músicas de Dual como Novas do espaço, Toca outra vez e Flor que se abre podem acabar ganhando a definição rasteira de “MPB”, mas vão, na verdade, dos sons gaúchos à psicodelia em poucos minutos, passando pelo jazz – tudo, curiosamente, bastante equilibrado, com cada estilo convivendo com os outros, às vezes na mesma faixa.

Em Dual, Duda vai de uma ponta a outra: abre o álbum com lembranças do Sul do país em Milonga do quero-quero, e fecha com a retropicalista Criamos, dando a impressão de uma viagem musical. Que é completada por um samba-rock (Outro carnaval), um reggae gaúcho (Sem esquentar a cabeça, de Raul Ellwanger), um candombe (Hola), uma cantiga quase infantil (a ótima Tranquilidade) e um rap-rock (Na cabeça, com King Jim e Fidel do Trem), entre outras surpresas.

Nota: 8
Gravadora: Independente.

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