Crítica

Ouvimos: City Mall, “Lobby songs” (EP)

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  • Lobby songs é o primeiro trabalho da banda City Mall, formada por Mariana Stein (vocal), Pedro Spadoni e Matheus Del Claro (compositores, produtores e instrumentistas).
  • “É um EP que você pode ouvir pra se concentrar, ou em momentos de relaxamento, mas acredito que uma hora ele acaba te pegando para pensar. Brincamos com a ideia de música de espera, mas não é que sejam músicas etéreas. Há um movimento nas composições e melodias e acredito que alguns chamados para reflexão”, conta Pedro.

O City Mall vem com som e com utilidade: define-se como um projeto musical marcado pelo som das salas de espera, com uso especial naqueles momentos em que você não tem nada a fazer a não ser esperar o tempo passar. Pode ser curtido a todo momento, claro. De brincadeira, o disco já abre com uma vinheta com gravação de “espera”, daquelas que rolam quando você liga para algum hotel (o que combina mais com o nome do disco, Lobby songs) ou hospital.

As quatro outras faixas do disco, por sua vez, dão boas trilhas sonoras – não apenas para momentos de espera e de tédio na vida, como também para novelas e filmes. Windy, primeiro single do disco, tem aparência de boogie introvertido – rola algo parecido com Azymuth e Marcos Valle, mas sem a exuberância dos dois. Sapphire é soul com tecladeira antiga, próxima do adulto-contemporâneo dos anos 1980 (o grupo se diz influenciado pelas noções musicais do city pop japonês). Finalizando, F1 une soul e climas de jazz fusion. E Don’t talk adiciona uma psicodelia leve ao som da banda, graças aos sons de teclados quase “derretendo” no canal direito, soando como um drone hipnotizante.

Nota: 7,5
Gravadora: Cavaca Records.

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