Crítica

Ouvimos: Anocean, “Climbing walls” (EP)

Published

on

  • Climbing walls é o EP de estreia do Anocean, uma banda norte-americana de Baltimore, Maryland. O grupo é formado por Anna Conner (voz, guitarra), Kyle Franta (voz, guitarra), Pete Ryan (bateria) e Dave Mann (baixo), e se uniu a partir do encontro de antigos integrantes das bandas shoegaze Thrushes e Mittenfields.
  • “Essas cinco músicas giram em torno de você, fazendo cócegas em seus ouvidos. E então, como uma explosão de luz à distância, elas se vão, acenando para você de volta para mais”, diz o release da banda.

O cursor pousa (no Bandcamp) sobre a faixa de abertura de Climbing walls, EP da nebulosa banda norte-americana Anocean, um grupo que tem jeitão de banda de shoegaze, mas une outras referências. Happier without, a tal primeira faixa, carrega uma vibe entre o rock dos anos 80 e 90. O vocal doce de Anna Conner dá um toque especial, enquanto as guitarras constroem uma atmosfera intensa, mas cheia de melodia. Os solos econômicos lembram o estilo de The Edge (U2), equilibrando força e delicadeza.

Essa mistura segue ao longo do EP. Às vezes, a banda flerta com o noise pop dos anos 90 (ou seja: as bandas que faziam algo próximo do shoegaze sem usar o rótulo, como o Velocity Girl), como em faixas como Blush e Thread. Essa última traz um ótimo diálogo entre as guitarras de Anna Conner e Kyle Franta: a primeira guitarra com uma pegada que lembra a de Kurt Cobain, e a outra com solos simples e notas bem escolhidas.

Já a faixa-título une ares de power pop e ecos de The Smiths. E Family tree, cantada por Anna com tristeza na voz, tem uma abertura quase punk, e depois ganha um trabalho bastante sensível de guitarra. Uma estreia bem bacana.

Nota:8
Gravadora: Crab Rangoon Records

  • Apoie a gente e mantenha nosso trabalho (site, podcast e futuros projetos) funcionando diariamente.

Trending

Sair da versão mobile