Crítica

Ouvimos: Alas de Liona, “Gravity of gold”

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  • Gravity of gold é o segundo álbum da cantora e compositora Alas de Liona. O disco foi produzido por Rod Jones e ganhou lançamento também em vinil.
  • Alas é californiana (nasceu e se criou na região do deserto de Mojave), mas vive hoje em Edimburgo, na Escócia. Foi para lá inicialmente para completar um curso universitário, mas desde o ano passado vive integralmente no país. Recentemente abriu shows em Edinburgo para Emely Sandé e Rufus Wainwright.

Definida como uma cantora de alt-rock e indie-pop, a californiana Alas de Liona apresenta bem mais do que isso em seu segundo álbum, Gravity of gold. A preocupação dela em manter uma ambientação sonora para cada faixa deixa seu som, às vezes, próximo das experimentações musicais de Laurie Anderson – especialmente nos vocais percussivos de faixas como Analogy e Summer rain, e no uso de teclados e programações em algumas faixas.

De modo geral, a ideia é apresentar um som celestial, próximo do dream pop e de uma noção mais tranquila e contemplativa (meio folk meio ambient, eu diria) de pós-punk. É o que rola em faixas como 19.3, o single Vine song e a quase dançante Driftwood. Já músicas como Materia medica e The miller chegam perto de uma espécie de r&b introspectivo e celestial

Em boa parte do álbum, fica bastante clara a vocação folk de Gravity of gold, com canções que se sustentam em voz e violão – e ganham guitarras com bastante eco, vocais introspectivos e etéreos, e pianos e teclados “espaciais” e solenes, como em The question, a balada The alchemist’s song, a soturna Promises e a própria Vine song. Uma grande descoberta.

Nota: 8
Gravadora: Deli Owner Records

 

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