Olivia Yells: religião, manipulação e som pesado entre o punk e o stoner, em “Guilty”

Inspirada originalmente por PJ Harvey, Hole, Queens of The Stone Age, Alice In Chains e outros grupos, a cantora curitibana Olivia Yells retorna justamente entre o punk, o metal e o stoner em seu novo single, Guilty, mas com algumas novidades. Pela primeira vez, ela aparece cantando em falsete numa introdução de música. A guitarra base, tocada por ela, vem num ataque sonoro que lembra as canções solo de Jack White, só que explodindo numa sonoridade que lembra uma mescla do indie rock anos 2000 com o rock de uma década antes.

Para combinar com o tema da faixa – que fala sobre sua relação com seu corpo a partir do contato com o catolicismo, marcada por culpa e vergonha – a canção ainda traz trechos sussurrados (logo na abertura, inclusive) e momentos em que a canção ganha um tom meio sobrenatural, com vocais sobrepostos. No refrão, a frase “todo meu corpo é culpado”, em meio a solos de guitarra – e a referências confessas de To bring you my love, canção de PJ Harvey. No final, um som de órgão que dá uma ambiência “de igreja” à canção.

O single de Guilty vem na discografia de Olivia após lançamentos como o EP Waiting room (2023), e os singles Sedate me, Clean e Theory of ends. Além dos singles e do EP, saíram também duas live sessions – uma delas feita para o projeto Arena Sounds, que leva artistas para se apresentarem no estádio Arena da Baixada, em Curitiba, a outra para o projeto Degusto Sessions, patrocinado pelo Degusto Café. Ambas estão nas plataformas digitais.

E Guilty tá aí.

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