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O primeiro “Heroes” do Motörhead

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Em setembro, o Motörhead lança seu primeiro disco sem o vocalista, baixista e líder Lemmy Kilmister, morto em dezembro de 2015. Under cöver traz uma coletânea de regravações feitas pela banda ao longo de sua carreira – entre elas Cat scratch fever (Ted Nugent), Rockaway beach (Ramones), God save the queen (Sex Pistols) e Whiplash (Metallica). E ainda tem uma releitura de Heroes, de David Bowie, gravada durante as sessões do último disco do grupo, Bad magic (2015). Se você não ouviu a tal versão – que está na programação de diversas rádios rock – olha aí.

Uma coisa que nem todo mundo lembra é que – olha só – não é o primeiro Heroes gravado pelo Motörhead, já que a banda tem uma música autoral com esse nome. Que está num (bom) disco recente do grupo, Motorizer, de 2008. Olha aí.

Motorizer foi o último disco do Motörhead pelo selo alemão SPV GmbH e conseguiu chegar no segundo lugar da parada britânica de rock e metal – depois, a banda voltaria por outra gravadora do país, UDR, em associação com a EMI e com seu próprio selo, Motörhead Music. Curiosamente, levando em conta a ligação do grupo com a Alemanha, Lemmy se envolveria numa encrenca com o país ao ser fotografado usando um capacete nazista, numa imagem promocional para divulgar o show da banda no festival Wacken Open Air. Material ligado ao nazismo é ilegal no país – e Lemmy, fanático por histórias das guerras, sempre colecionou material do país na Segunda Guerra.

“Eu não coleciono apenas material nazi, coleciono também material das Potências do Eixo. E de países que não são costumeiramente mencionados como ex-partes do Eixo, como Hungria, Lituânia, Finlândia”, justificou-se Lemmy. “Desde o começo, os caras maus têm os melhores uniformes. Napoleão, os Confederados, os nazis. Eles têm os uniformes matadores, o uniforme da SS é brilhante pra caralho. Eles eram os rockstars daquela época. Vou fazer o quê? Eles apenas são bonitos”.

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