Reportagens
Mameluco Canibal: sem regras
Junior Abreu e Diego Cruz, nos anos 2000, tiveram uma banda chamada Os Abreus. A parceria dos dois retornou há pouco, numa dupla que após muitas tentativas, acabou adotando o nome de Mameluco Canibal. “Após algumas bolas fora, escolhemos esse”, conta Junior Abreu, que recentemente montou o selo Saliva Discos, com o amigo Jomar Schrank, pelo qual já saíram dois singles da dupla.
Os dois afirmam que o objetivo da dupla (cujo som une rock e folk) é “não ter regras e surfar todas as ondas”. A ideia do trabalho em conjunto veio, por acaso, de um quase-retorno que Os Abreus teve no ano passado, quando se uniram novamente para colocar os discos nas plataformas: o de estúdio, lançado pela Tamborete em 2008 e o ao vivo no estúdio, gravado em 2011, no estúdio Hanói, em Botafogo, Zona Sul carioca. Diego sempre pilhava Abreu para voltar com a banda, ainda mais quando o amigo, num grupo de WhatsApp que haviam montado para gerir o trabalho, mandava composições novas. “Mas como eu não quero ter banda, chamei Diego pra montar uma dupla”, recorda.
Só pro teu dia alegrar, a positiva música de lançamento da dupla, ganhou até clipe.
“No Mameluco usamos as adversidade a nosso favor. Eu já tenho uma onda mais solar pra compor de natureza. Um mundo melhor é uma dessas ensolaradas. Uma letra astral. Já planejamos sim o single futuro e posso adiantar que tem uma onda blues deserto”, afirma Abreu.
O selo dele e de Jomar tem servido como refúgio e válvula de escape no meio da pandemia. “O selo é justamente para unir minha obra e do meu sócio/ídolo, Jomar. Outros artistas são bem vindos ao selo e, posso adiantar que serão lançadas coisas bem interessantes. Meu ofício é compor e produzir. Só juntei o caos e a oportunidade de pilotar todas as frentes”, conta.