Cultura Pop

“Love will tear us apart”, do Joy Division, por… Paul Young?

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Dizem testemunhas privilegiadas que Ian Curtis, vocalista do Joy Division morto em 1980, tinha ganhado LPs de Frank Sinatra de presente de Tony Wilson, dono da Factory, antes de a banda entrar em estúdio para gravar o segundo disco, Closer, lançado naquele ano. E que isso teria influenciado os vocais do cantor em Love will tear us apart, o último da banda, lançado em junho de 1980. “Tony e Martin Hannett (produtor do grupo) pareciam achar que era uma boa ideia fazer Ian soar como Frank Sinatra. Nós rimos disso tudo”, contou o baixista do grupo, Peter Hook. No livro Tocando a distância, Deborah, viúva de Ian, aponta para a mesma coisa. Hook também reparou que a música soava bastante diferente da obra do Joy Division. Era mais pop e light, apesar de a letra descrever o fim de um relacionamento, e de forma bastante fúnebre.

De fato, Love will tear us apart é um hit bastante, er, classudo do Joy Division. Bem diferente das músicas mais pesadas do começo da banda, ou de pedradas pós-punk como Shadowplay. O que ninguém poderia imaginar é que ele chamaria a atenção de artistas bem distantes do universo da banda. O crooner PJ Proby fez uma releitura davidbowieófila da música. O cantor indie folk José González e a banda francesa de new-bossa Nouvelle Vague fizeram suas versões. Agora o que ninguém poderia esperar é que ninguém menos que Paul Young fizesse sua releitura. Que saiu em 1983 no primeiro disco dele, No parlez, tem a cara da década (mais até do que o original, digamos) e vai para uma onda meio soul. Olha aí – e atenção para o topetão de Paul e para o visual anos 1980 das vocalistas.

Paul Young, que possivelmente você conhece de rádios como a Alpha FM, é um cantor inglês que virou ídolo pop pós-teen nos anos 1980. E fez bastante sucesso com esse hit que já fez você derramar muitas lágrimas, Everytime you go away.

Ultimamente ele vem trabalhando num disco novo que possivelmente vai ser só de gravações antigas e out-takes. Good thing, o disco mais recente de Paul, saiu no ano passado. É esse aí de baixo.

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