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Lembra do Atari Video Music?

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Em 1977, não havia MTV e videoclipes não eram tão comuns. Não havia internet (duh) e consequentemente não havia YouTube. Na real, não havia nem videocassette direito, já que o aparelho até já era usado mas não havia se popularizado. Tinha pouca coisa que um fanático por áudio e vídeo poderia almejar. E desde que tivesse grana pra isso. Um bom aparelho de som, uma TV bacana, talvez um gravador de rolo (audiofilia avançada, enfim). E, a partir de 1977, poderia ter também um… Atari Video Music.

A empresa de videogames Atari, que popularizara a diversão caseira do Pong (um dos primeiros videogames), decidiu investir num aparelho estranho, que vinha sendo desenvolvido desde 1976 e que, ao ligado num aparelho de som e numa televisão, produzia na TV um sinal colorido de vídeo que funcionava no ritmo da música. Enfim, você ligava a TV, punha um som e via isso.

Quer a versão vídeo? Se você for sensível a luzes piscando ou tiver epilepsia, NÃO assista. Pode dar merda.

Bom, o youtuber de raridades de áudio, vídeo e informática Techmoan fez um vídeo com um aparelho desses, explicando como funcionava e até mostrando como é por dentro.

Hoje qualquer molequinho de doze anos olha para isso e diz: “Que merda… Como alguém se divertia com isso?”. Certo?

Bom, durante um bom período, pós-anos 1960, a coisa mais comum do mundo era que os catálogos de lojas de departamentos fossem invadidos por produtos que prometiam “light shows” caseiros. Era uma espécie de desbunde para caretas, ou de psicodelia para donas de casa e advogados. Olha aí esse catálogo da Sears de 1970 vendendo alguns desses produtos. Esse textinho da PC World fala um pouco dessa mania e conta detalhes do tal Atari Video Music.

O aparelho era vendido na época, assim que entrou no catálogo da própria Sears, por US$ 169 e uns quebrados. A ideia de lançá-lo na loja de departamentos veio pelo fato do Pong ter sido um grande sucesso, lançado numa parceria Atari-Sears. Um detalhe é que ainda existiam muitas TVs em preto e branco na época – a loja fazia questão de avisar, pra evitar processos, que o aparelho funcionaria normalmente nesses casos, mas sem as tão prometidas cores. Bom, esse “detalhe” assinou parte do fracasso do aparelho, que não ficou mais do que um ano no catálogo da Atari. E aí, quer comprar um?

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