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Um cara criou capas fictícias de discos solo dos integrantes do Kiss para todo mundo que já foi da banda

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Em 1977, já estabelecido como banda famosíssima, o Kiss lançava seu sexto disco, Love gun. O álbum trazia algumas novidades para os fãs. Pra começar, pela primeira vez, todos os intregrantes da banda soltavam a voz. O guitarrista Ace Frehley, calado em discos anteriores, compunha e cantava Shock me, música na qual falava de um incidente eletrizante (quando ele tomou um choque violento ao encostar numa escada de metal durante um show).

Também seria a última vez que o baterista Peter Criss estaria de fato no estúdio com a banda. Uma série de fatos mal resolvidos deixaria ele de fora dos discos Dynasty (1979) e Unmasked (1980) – ele era creditado na contracapa, mas quem tocou foi o australiano Anton Fig. Para os fãs de primeira hora, o que interessava mesmo era que o quarteto de Nova York se estabilizava como a banda mais popular de, er, rock pauleira. Que o grupo fazia uma homenagem à groupie-artista plástica Cynthia Plaster Caster, com Plaster Caster, uma das faixas. E que o disco acrescentava mais um comercial de TV à carreira da banda.

Desenhista, com preferência por esportes e entretenimento, o americano David E. Wilkinson atendeu ao chamado do Kiss quando viu o comercial acima na TV, aos seis anos. “Como muitas crianças na época, nem importava que fizessem música. As imagens desses quatro personagens na capa do álbum lindamente pintada eram como novos super heróis encontrados para mim. Naquele momento eu fui fisgado e fui fã desde então, comprando tudo que podia: de discos e cartões de chicletes, a fantasias de halloween”, afirmou, num texto publicado em seu blog.

Em 2012, já estabilizado como desenhista, foi a um show do Kiss com o Mötley Crue em Nova Jersey, e pediu a um amigo que conhece gente na equipe da banda para se aproximar deles. “Pensei: ‘Talvez se eu tiver algo para apresentar a eles como um presente, posso empurrar a porta do backstage o suficiente para eu entrar'”, contou. Tarimbado após inúmeros trabalhos na área de publicidade e no mercado de brinquedos (trabalhou na Mattel), Wilkinson resolveu presentear a banda com pinturas de rosto, nos mesmos moldes das capas dos discos solo dos quatro lançados há quarenta anos.

Tá tudo no Instagram dele. Olha só.

A formação do Kiss mudou bastante de 1978 para cá. E para honrar a turma recente do Kiss, Tommy Thayer (guitarra e voz) e Eric Singer (bateria) ganharam os seus.

Wilkinson sabia que precisava apresentar algo diferente. “Em vez de retratos que eles já tinham visto muitas vezes antes, pensei em imagens com a pintura escorrendo de seus rostos”, conta o desenhista, que, por intermédio do tal amigo, enviou os trabalhos para o escritório do Kiss e abriu a porteira.

Olha aí David entregando os retratos.

O desenhista fez questão de homenagear ex-integrantes da banda – gente que entrou para o grupo depois da primeira formação, como Eric Carr e Vinnie Vincent.

E até músicos que nunca pintaram a cara ao entrarem para o Kiss (a banda ficou um bom tempo sem máscara) ganharam os seus.

David fez questão de ir lá entregar os desenhos para os ex-Kiss.

O cara não é fã só de Kiss. Olha a coleção de Star Wars dele.

Wilkinson ainda vende cópias desses desenhos em seu site. Na pilha de comprar um pra pendurar na parede? Vai aqui.

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