Crítica
Ouvimos: Katie Gregson-MacLeod – “Love me too well, I’ll retire early” (EP)
RESENHA: Katie Gregson-MacLeod lança EP independente de folk-rock sensível, misturando chamber pop, indie e ecos de Pretenders, Beatles e Joni Mitchell.
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A cantora e compositora escocesa Katie Gregson-MacLeod andou tendo o melhor e o pior do showbusiness nos últimos anos. A saber: sucesso no Tik Tok, projeção em seu país e fora dele, dois álbuns lançados pela Sony Music e… fim de contrato com a gravadora. De volta ao mercado com o EP independente Love me too well, I’ll retire early (“me ame logo, vou me aposentar cedo”), ela parece interessada em investir no folk-rock sensível com pegada de storyteller – como na faixa-título, quase uma cantiga sobre amarrar um bode de incertezas e síndrome de impostora, enquanto a turnê rola e a gravadora investe grana (“não quero estar por perto quando a ficha cair/ quanto mais você me dá, menos eu sou digna”).
Prosseguindo, James une bateria, voz, violões e violino em vibe tranquila e indie, enquanto Katie canta sobre amores inseguros. Chess é quase um chamber pop fora-da-lei, contando uma história sobre perseguição e diversões perigosas. E o lado mais eminentemente roqueiro do EP surge nas duas últimas faixas. I just think of it all the time é folk com vibe de Pretenders e Eurythmics, enquanto Mosh pit é folk-glam com emanações tanto de Beatles quanto de Joni Mitchell – e letra narrando um amor surgido na rodinha punk. É algo que nem parece combinar com o folk introvertido, mas que aqui traz outros lados para a poesia de Katie.
Texto: Ricardo Schott
Nota: 8
Gravadora: Last Recordings On Earth
Lançamento: 4 de julho de 2025.