Crítica
Ouvimos: Jonas Brothers – “Greetings from your hometown”
RESENHA: Greetings from your hometown, novo álbum dos Jonas Brothers, mistura nostalgia e repetição: acerta em alguns momentos, mas agrada mais aos fãs fiéis que ao público geral.
- Apoie a gente e mantenha nosso trabalho (site, podcast e futuros projetos) funcionando diariamente.
- E assine a newsletter do Pop Fantasma para receber todos os nossos posts por e-mail e não perder nada.
Uma das maiores contribuições dos Jonas Brothers à história da cultura pop é a capa da revista do Chico Bento que apresenta: “nesta edição, Jonas Bodes e Rã Na Montanha”. Greetings from your hometown, disco que surge na comemoração de 20 anos do grupo, deixa entrever que Kevin, Joe e Nick Jonas andaram perdendo algum terreno nos últimos anos, mas contam com a comunicação direta com os fãs antigos.
Greetings é bem inferior a, por exemplo, Funny little fears, estreia solo de Damiano David (Maneskin), e peca por investir em ideias que, mesmo quando funcionam, deixam a impressão de “já ouvi isso antes”. Como o álbum vem influenciado pelos sons que os irmãos ouviram na infãncia, o link com a passagem do tempo – e com sons que nunca saem de moda – tá pronto. No time to talk dá uma interpolada com Stayin alive, dos Bee Gees, e é o tipo da coisa que é legal, mas não é tão legal. O tunts tunts tunts e o pop de arena de faixas como Heat of the moment e Mirror to sky são o suprasumo da repetição, funcionam mais para pegar os fãs fiéis que papam tudo.
A coisa dá super certo no eletrorock de I can’t lose, no baladão de piano de Loved you better, na emanação da new wave e dos anos 1980 em Love me to heaven e na lembrança da batidinha de Faith, de George Michael (ou algo parecido) na ótima faixa-título. No final, Slow motion é o típico pop adolescente de boy band com refrão foda. Mas quem não for muito viciado/viciada no som deles talvez se sinta meio deslocado/deslocada com esse disco novo.
Texto: Ricardo Schott
Nota: 6,5
Gravadora: Republic
Lançamento: 8 de agosto de 2025.
