Destaque

Jomar Schrank: folk e rock em single novo

Published

on

O cantor e compositor Jomar Schrank lançou um (bom) álbum em 2017, O céu do quarto, que ele lamenta não ter tido muito tempo para divulgar. “Rolaram poucas apresentações. E foi uma produção demorada, já que, enquanto produzia, eu tocava com meu saudoso e querido amigo Marcelo Yuka e depois com a Ava Rocha, além de trabalhar também produzindo trilhas sonoras”, recorda o músico, que lança agora novo single, Pra onde eu vou, com uma sonoridade que une folk e rock. Uma dualidade musical que ele já vivia na época do debute.

“Toquei com minha a banda em alguns festivais e casas de shows aqui no Rio, e o shows levaram o disco mais para o rock, a dinâmica das músicas foi acentuada, tudo soou mais ‘pra fora'”, recorda. “Mas quando o disco saiu a gente já estava tocando músicas novas, elas já dominavam os setlists desses shows”.

“Fazer música é inevitável pra mim. Meu maior estímulo é o som propriamente dito. Os acordes me trazem ideias melódicas, então começo a dar forma, colocar letra, meio que tudo junto ao mesmo tempo”, completa ele, dizendo que está sempre escrevendo coisas novas. “Ano passado foi muito produtivo, serviu como uma fuga, embora esse não tenha sido o estímulo. As ideias pintam. E aquelas que se destacam eu gravo e vou produzindo, que é o caso de Pra onde eu vou”.

A nova canção, Jomar classifica como uma ode à música. “Principalmente me referindo à relação com ela na pandemia. Levei muito a sério o lockdown. Como tenho um homestudio, pude trabalhar de casa, o que me enclausurou completamente. Paga-se um preço, existem danos psicológicos, então a música foi uma fuga fundamental. E essa música fala disso, de ir para o som, o lugar para onde eu vou, onde eu fui intensamente nesse período, tanto compondo, quanto ouvindo discos”, diz.

Bem antes da carreira solo, Jomar tocou teclados numa das formações mais interessantes do rock carioca no início do século 21, o Mutreta – que unia influências de bandas como Mutantes e Oasis, da psicodelia ao britpop. “Foi minha primeira experiência tocando em palcos importantes do Rio, como o Circo Voador e o Humaitá Pra Peixe. E nos shows rolava uma intensidade, o som era uma soma do que fazíamos juntos. Procuro esse conceito, essa relação entre os músicos sempre que estou tocando com uma banda”, diz ele, que até hoje toca com dois ex-Mutreta, Rodrigo Gavião (bateria) e Guilherme Gelain (guitarra).

“Eles dão um tom mais rock nas minhas músicas, que tendem a ser mais folk”, completa Jomar, que adoraria poder gravar um disco novo ao vivo no estúdio. “Mas infelizmente tivemos que adiar por conta da pandemia. Assim que tomarmos nossas segundas doses da vacina a gente grava. As músicas desse disco foram tocadas ao vivo nos últimos anos por essa banda que chamamos de Serra Elétrica Blues Band, que além do Gavião e Guilherme, tem o Gabriel Gutierrez no baixo e eu no violão, guitarra e voz”. No single novo, Jomar tocou tudo, e mandou para o amigo Gavião fazer a bateria em seu estúdio.

Tem mais singles vindo aí (que não devem virar um álbum), e Jomar ainda está envolvido em outra aventura: o selo Saliva Discos, que montou com o amigo Junior Abreu, também músico. “Criamos o selo para lançar nossas produções. Tenho outros projetos, prontos e engavetados, que devo tirar da gaveta e lançar pela Saliva também”, conta.

>>> POP FANTASMA PRA OUVIR: Mixtape Pop Fantasma e Pop Fantasma Documento
>>> Saiba como apoiar o POP FANTASMA aqui. O site é independente e financiado pelos leitores, e dá acesso gratuito a todos os textos e podcasts. Você define a quantia, mas sugerimos R$ 10 por mês.

Trending

Sair da versão mobile