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Aquela vez em que Johnny Rotten só faltou sair na porrada com Marky Ramone

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Brigas entre punks da Inglaterra e dos EUA sempre rolaram – a provocativa música New York, dos Sex Pistols, com versos como “você pensa que é legal tocar no Max’s Kansas City/mas você parece entediado”, está aí para comprovar isso. Mas deu (muita) merda em 2019 quando John Lydon – que não era conhecido como Johnny Rotten (Joãozinho Podre) nos anos 1970 à toa – resolveu ofender colegas durante o lançamento do documentário Punk, de John Varvatos.

O painel de lançamento teve participações de John (do PiL e ex-Sex Pistols), Marky Ramone (ex-Ramones e ex-Richard Hell & The Voidods), Donita Sparks (L7) e Henry Rollins (Black Flag e ex-Rollins Band). As coisas começaram a sair do normal quando Marky começou a elogiar os Kinks e a dizer que eles eram inspiração para os Sex Pistols, e que a banda de Rotten tocava covers. John Lydon ouviu e começou a interromper a arenga do ramone com calorosos “cale a boca” e “vá se foder!”.

“SEU MERDA”

Marky Ramone respondeu, para a alegria da plateia: “Não discuta comigo. Eu não sou o inimigo. Se não fosse pela porra dos Ramones você não seria nada. Você estaria fazendo alguma merda tipo cozinhando em um bar em algum lugar”. Lydon pegou o gancho e respondeu que Marky, que entrou para a banda só no terceiro disco, Road to ruin (1978), nem sequer era um ramone original. “Mas eu fiz o álbum Blank generation com Richard Hell”, cortou Marky. “E você pegou a imagem dele. Todos vocês pegaram a imagem de Richard Hell. Foi tudo o que você fez. E Sid Vicious era a estrela (dos Sex Pistols)“.

“Está certo, ele era. Ele era a estrela para os idiotas falsos pau no cu igual você”, mandou Lydon. “Aproveite suas drogas e tenha uma porra de uma morte feliz. Eu quero propagar aqui para que vocês todos entendam completamente: punk para mim era uma música afirmativa, a prova afirmativa de que nós poderíamos mudar as nossas vidas através da música. Nós dissemos o que queríamos dizer: ataque os sistemas políticos”, disse Lydon, que ainda acusou Marky de ser “viciado em drogas”.

“FALA E NÃO FAZ NADA”

Antes de Donita Sparks entrar para acalmar o ânimos, dizendo que aquilo era definitivamente “muito punk rock”, ainda rolou uma briga em que Marky disse que Lydon “é igual ao MC5, fala e não faz nada” e o vocalista do Sex Pistols respondeu dizendo que o baterista “parece um bosta rejeitado pelo heavy metal”. O pior é que em seguida Lydon – um ser humano que apoiou Trump para presidente dos Estados Unidos, vale nunca esquecer – resolveu provocar ninguém menos que Henry Rollins, também presente ao lançamento.

“Henry, nós nunca nos encontramos antes, ou estou errado? Você disse coisas estúpidas mas coisas excelentemente boas também”, mandou o cantor. “E você chamou o Black Flag de um bando de garotos ricos do subúrbio. E queríamos arrancar suas orelhas”, respondeu Rollins. Lydon respondeu: “Sim, mas não gostei da porra da música. Foi entediante!”. Rollins ainda ouviu poucas e boas de Lydon mas apenas riu.

O site Consequence of Sound reproduziu toda a história e colocou os vídeos das discussões (que são bem patéticas). Tá tudo aí.

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