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Janeiro e Paulo Novaes: pop existencial, unindo jazz e eletrônica, em “Protocolar vol. II”

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A ideia de Protocolar vol. II, álbum dividido entre um artista de Portugal (Janeiro) e um outro do Brasil (Paulo Novaes) é unir sonoridades, países, influências e, igualmente, visões existenciais. O tema vida norteia o disco, aberto por uma Intro acústica e eletrônica, repleta de efeitos, com as frases “se não viver, nunca vai saber/se não tentar, nunca saberá”.

“Ambas as frases refletem esta proposição de questionamento sobre a nossa própria realidade e o nosso cotidiano, trazendo as pessoas para refletirem sobre a necessidade que existe, atualmente, de olhar para fora do seu lugar-comum. É também uma proposta de um olhar para fora das telas dos celulares, que tanto nos tiram do momento presente”, dizem os dois, que prosseguem unindo jazz, música eletrônica, pop e sons meditativos, como na ciranda acústica Se não viver, no jazz pop Pé na areia, e na quase instrumental A conversa #1.

Um tom parecido com o da MPB pop do começo dos anos 1980 (Lô Borges, Byafra) surge em Vida lá fora, que fala sobre “uma procura de encontrar modos de vida mais conectados com a essência natural das coisas, com o meio que nos rodeia, tentando libertar-se da desconexão que a tecnologia nos impõe no mundo de hoje em dia – quebrar o protocolo é, no final das contas, ser, com as três letras da palavra”, comentam os dois sobre a música, citando também uma lista de referências que vai de Thom Yorke (Radiohead) ao álbum Motomami, de Rosalía.

O lado espiritualista do disco fica por conta de Oxum, música inspirada por uma cachoeira que existia no lugar onde o disco foi gravado. No final, (A)final surge com aparência post-rock, mostrando a inspiração no Radiohead.

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