Cultura Pop
A história da capa de “Dirt”, disco do Alice In Chains que faz 25 anos
Em 2011, a Revolver Magazine foi atrás das histórias da elaboração da capa de um disco que tá fazendo aniversário de 25 anos nesta sexta (29). Dirt, segundo disco do Alice In Chains (1992). O lay-out foi realizado pelo fotógrafo Rocky Schenck, que havia feito a capa da estreia Facelift (1990) e, para o novo lançamento, queria algo “perturbador e infernal”. Bateram o martelo com a ideia de uma mulher nua, enterrada num deserto, que poderia estar viva ou morta.
Na reportagem da Revolver, você fica sabendo o que muita gente sequer imaginava: aquela capa não foi criada do nada, em computação gráfica. Envolveu estúdios, modelos, protótipos, gente trabalhando bastante por um visual bacana que – mas que merda – teria tudo para ser uma das mais criativas e bacanas capas já realizadas, se Dirt tivesse sido lançado uns 15 anos antes, na era do vinil (Dirt chegou a sair em vinil, mas já pegou uma época em que o formato dominante era o CD – publicado assim, o material perdeu muito da graça).
A tal garota viva-ou-morta da capa era uma modelo de verdade. E na época em que Dirt saiu, muita gente pensou se tratar de Demri Parrott, namorada do cantor Layne Staley que acabaria morrendo em 1996 – e cuja morte, biógrafos do vocalista garantem, ele jamais superou. É a garota da foto que você vê ao lado.
Bom, não era ela na capa de Dirt. A produção decidiu que a modelo deveria ser a bela Mariah O’Brien (foto acima), que Schenck tinha clicado para a capa de um disco do grupo de rock comédia Spinal Tap, Bitch school, naquele mesmo ano. Mariah disse à Revolver ter ficado por volta de sete horas naquela mesma posição em que você a enxerga na capa, enterradíssima na lama.
Você deve estar se perguntando: como ela fez para ir ao banheiro durante esse tempo? Bom, ela simplesmente não fez. “Disseram que iam botar um fraldão embaixo de mim e eu falei que não ia mijar no chão. Quando falaram que eu podia finalmente me levantar, literalmente corri pro banheiro”, revelou.
A trabalheira de todo o mundo deu em um grande segundo disco para o Alice In Chains, que se você nunca ouviu (sério???), vai ouvir agora. Bom proveito.