Cultura Pop

GG Allin apavorando geral num talk show norte-americano

Published

on

GG Allin era um cara que, digamos assim, gostava de chocar. Morto de overdose em 1993 (e enterrado durante uma festa em que amigos tiraram até selfies com o cadáver), ele gravou discos até bem interessantes. Entre eles o cassette Hated in the nation, de 1987, uma compilação de vários projetos barulhentos seus do começo dos anos 1980, como The Jabbers e The Scumfucs. E o bizarro Freaks, faggots, drunks and junkies, de 1988, com músicas como Anti-social masturbator e Last in line for the gang bang.

Mas sempre será lembrado como o sujeito que, no palco, cagava e comia suas próprias fezes (o que sobrava, atirava na plateia). Que batia com a cabeça na parede até sangrar. Que enfiava o microfone no próprio ânus. E escolhia infelizes da plateia para meter a porrada. E dava declarações extremamente profanas e degeneradas (e escrotas mesmo). Pouco antes de morrer, em 24 de junho de 1993, dava shows para plateias lotadas e era uma das figurinhas mais chocantes da cultura pop americana. E estava conhecido a ponto de virar atração do talk show da jornalista americana Jane Whitney. Olha aí.

Os quarenta minutos que Allin passou no programa de Jane deixaram a apresentadora EXTREMAMENTE nervosa. Allin passou o programa inteiro portando um capacete nazista e uma bengala enorme na mão, berrando palavras de ordem. O cara (cujo nome verdadeiro era – acredite – Jesus Christ Allin) se dizia o líder de uma revolução sangrenta, o novo messias. E um músico cujo show era, de fato, uma guerra. Também se declarou o líder de uma revolução contra a polícia, o governo e a sociedade.

“Meu negócio é caos, violência e comportamento fora da lei. Não estou nem aí pra nada nem pra ninguém, só para mim mesmo e minha missão. Se vocês têm filhos, eles serão meus filhos”, ameaçou G.G. Allin.

Gaguejando, Jane mal conseguia interromper Allin – para a alegria da plateia, que se dividia entre rir ou ficar tão chocada quanto ela. “As crianças não conformistas desse país estão cansadas de seus pais e de suas escolas. De pessoas forçando-as a fazer coisas. Eu sou o caminho. Quando elas escutam minhas letras e minhas canções, veem a maneira como as coisas devem ser”.

Se você não está a fim de ver cenas fortes, relaxa que as poucas imagens dos shows de GG que aparecem no vídeo acima estão cobertas. Declarações bizarras e ofensivas, tem de monte. Allin aproveita para avisar que odeia a tudo e a todos desde o dia em que nasceu.  Jane, um tanto preocupada com as reações que o programa poderia provocar, tenta mostrar que muita gente da plateia estava achando aquilo muito ridículo. De fato, as câmeras chegam a mostrar um grupo de adolescentes rindo. E numa hora, a própria Jane morre de rir quando Allin é trollado por uma pessoa da plateia.

Depois, sobem ao palco duas admiradoras de Allin que o adotaram como pai (!) e um núcleo de clubbers que deixa Jane mais desconcertada ainda. No final, rola um debate bastante acalorado entre Allin e um chefe de polícia.

Trending

Sair da versão mobile