Cultura Pop
Geoff Nicholls – muito além do Black Sabbath
Tecladista não-oficial/oficial do Black Sabbath desde 1979 – chegou a assumir instrumentos como guitarra e baixo em saídas e entradas de integrantes – Geoff Nicholls teve sua morte, no sábado (28), confirmada no Facebook pelo perfil da banda Quartz, grupo de heavy metal britânico que ele fundou em 1974. E ao qual ainda permanecia ligado, após um retorno em 2011. Conhecidíssimo pelos fãs por causa de sua associação com o Sabbath, ele teve alguns hits bem interessantes com o grupo – entre eles, “Circles”, de 1977, que trazia Ozzy Osbourne nos backing vocals e Brian May (Queen) na guitarra.
Ouça a música abaixo. Um outro detalhe é que o Quartz foi um lançamento do selo Jet Records, fundado pelo pai de Sharon Osbourne, Don Arden.
https://www.youtube.com/watch?v=6hq7OunRMKM
Antes disso, no fim dos anos 1960, Nichols foi guitarrista solo do grupo Johnny Neal And The Starliners. Não foi um projeto que o agradou muito – não era som pesado, era uma mescla de som beat e música de cabaré que teve alguns sucessos e se manteve na mídia por bastante tempo, mas não foi para a frente. Em 1965, o grupo teve um sucesso (sem Nichols ainda) com “Walk baby walk”.
Pouco antes disso, ele participou do finalzinho da banda psicodélica britânica The World Of Oz – tocou órgão no grupo e chegou a fazer algumas gravações no disco de estreia da banda, esse do vídeo abaixo, lançado em 1969.
https://www.youtube.com/watch?v=01arZJV5D3c&t=51s
Nos últimos tempos, Nichols vinha tocando com Tony Martin, que foi vocalista do Black Sabbath de 1987 a 1991 e de 1993 a 1997. Olha aí um show inteiro de Martin com Geoff nos teclados em 2006.
Geoff lutava havia alguns anos contra um câncer de pulmão e teve sua morte confirmada no sábado. Amigos como Tony Iommi e Ozzy Osbourne (Black Sabbath) deixaram mensagens de pesar em redes sociais. Martin escreveu no Facebook que sabia do estado de saúde de Geoff há bastante tempo e falava com ele regularmente – a vez mais recente tinha sido perto do Natal. “Nem sei dizer o quanto estou triste com sua passagem, muito embora eu soubesse de seu diagnóstico”.