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Garotas Suecas: dramas urbanos no single “Gentrificação”

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A banda paulistana Garotas Suecas inspira-se num problema real vivido nas grandes cidades (e mais ainda em São Paulo, sempre sujeita a flexibilizações, verticalizações e inchaços urbanos) em seu novo single, Gentrificação. A canção encerra seu quarto disco, 1 2 3 4, previsto para sair no dia 19 de julho e lembra um som na onda de bandas como The Jam e até Ira!, mas sob uma ótica mais blues e indie.

Na letra, versos bastante atualizados como “onde havia uma oficina abriram um brechó/o restaurante estrelado já foi casa de uma avó/a costureira, a manicure, o armazém e o chaveiro/viraram um prédio ocupa uma quarteirão inteiro”, e “e de repente a singela comunidade/virou o eixo estratégico da cidade/o prefeito prometeu um parque e um metrô/para bem servir o novo morador”. Cabe ainda um “cada tábua que caía doía o coração”, direto de Saudosa maloca, de Adoniran Barbosa.

“No final da pandemia, eu fui despejado do meu predinho, que foi abaixo para dar lugar a um novo prédio mais alto e bem mais luxuoso. Escrevi a música a partir da experiência de viver em São Paulo, refletindo sobre as mudanças na cidade. O canto onde vivia foi arrasado pelas construtoras, autorizadas pela nova regulamentação urbana. A revisão do plano diretor da cidade tornou a música ainda mais atual. Um talking blues com humor e lamento, como deve ser”, conta o guitarrista e vocalista Tomaz Paoliello, autor da faixa.

1 2 3 4, será lançado no Brasil pelo selo paulistano Freak e internacionalmente pelo selo espanhol Vampisoul. Na formação da banda, Fernando Perdido (baixo e voz), Irina Bertolucci (teclados e voz), Nico Paoliello (bateria e voz) e Tomaz Paoliello (guitarra e voz).

Foto: Marina Lima/Divulgação

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