Cultura Pop
Friends: toda a série foi uma viagem de metanfetamina da Phoebe
Não tinha personagem normal na saudosa série Friends. Mas com certeza, a Phoebe, interpretada por Lisa Kudrow, tinha o histórico mais enrolado e distópico de todos eles. A massagista e cantora-compositora (nas horas vagas) foi abandonada pelo pai quando criança e chegou a morar nas ruas de Nova York após o suicídio de sua mãe. Ainda assim, conseguiu até aprender outras línguas.
Phoebe também tem uma irmã gêmea, a Ursula – surgida na série Louco por você, antes de Friends – que é o oposto de sua personalidade: é um tanto indiferente, enquanto Phoebe é inocente e amigável. Além disso, a personagem, que é vegetariana, também tem um estilo neohippie e alternativo. E em alguns momentos parece que está meio, digamos, chapada. Essa é uma das características que mais distinguem Phoebe dos outros nomes da série. Bem como o estilo sarcástico que ela usa para falar de seu próprio passado, ou fato de volta e meia ela fazer referência à sua história bizarra quando algum dos amigos começa a reclamar demais da vida.
Para saber mais da vida de Phoebe, e dos outros personagens da série, vale dar uma sacada em todas as temporadas de Friends, que estão no Netflix. Mas o fato da massagista ter uma história tão cheia de curvas levou um fã muito, vamos dizer, criativo a imaginar uma teoria completamente louca para a existência dela na série. E a criar um final que levaria muitos fãs da atração (e de Phoebe) ao desgosto profundo. Olha aí.
My proposal for how hit 90s TV sitcom Friends should have ended. pic.twitter.com/S7D3j2E3z5
— ???????????????????????? (@strnks) August 24, 2015
O diretor de arte “e fã de Lego” Strnks postou um tweet em 2015 com um texto enorme em que imaginava um fim tão maluco e imprevisível (e triste) para Phoebe quanto a própria vida da personagem. No último episódio, os espectadores descobririam que a série inteira não passava de um delírio de Phoebe, que ainda vivia nas ruas, louca de metanfetamina. De acordo com o delírio de Strnks, tudo começou quando a menina parou na vidraça do Central Perk (o café que todos frequentavam) e observou os outros personagens interagindo lá dentro. “Ela projetou a si própria na vida dos outros. Tudo o que ela mais tinha desejado na vida eram… amigos”, escreveu.
Nas cenas finais, Ross, Rachel, Joey, Chandler e Monica (que na verdade eram outras pessoas – as personalidades deles também foram fruto da imaginação dela) ficam conjecturando sobre “a louca que sempre fica olhando a gente”. Phoebe sai da frente do Central Perk, passa por uma loja de mobílias, vê seu reflexo num espelho exposto na frente da loja e… o nome da tal loja é Ursula.
Se você já está chorando só de ler isso, os segundos finais são mais dramáticos ainda. Phoebe volta para o parque onde dorme ao relento ao lado de uma fonte. Começa a chover e tudo o que ela tem para se proteger dos pingos são (eita) seis guarda-chuvas coloridos. É (você deve saber) uma referência a uma das primeiras cenas da abertura de Friends, onde o sexteto aparece junto a uma fonte e abre guarda-chuvas coloridos.
Essa tese maluca fez um certo burburinho em 2015, quando apareceu no Twitter. O NME, que outro dia compilou teorias malucas sobre Friends, lembrou que Marta Kauffman, cocriadora da série, chegou a saber das ideias do tuiteiro e respondeu: “Essa teoria é a mais triste que eu ouvi na vida”. O pior é que tem outras mais malucas. Um cara chamado Phil Dunne tuitou recentemente que acha que toda a série aconteceu na mente de Rachel (Jennifer Aniston) um dia antes de seu casamento frustrado – que abre a atração e a aproxima dos outros cinco. Eita (o tweet não está mais no ar).