Febrile Piranhas: punk, garage rock e psicodelia, feitos à distância

O Febrile Piranhas é um projeto “extremamente caseiro” (como os integrantes definem) e feito à distância, numa conexão Canadá-Estados Unidos. O artista solo Andrew Wallace juntou-se com Greg Aston (ex-baixista do Arbor Lights, uma banda de Birmingham, Inglaterra), quando o segundo escutou as canções que o primeiro colocava em comunidades de psicodelia nas redes sociais.

“Depois de fazer contato, começamos a descobrir como fazer a colaboração online funcionar com Andy na Virgínia, EUA, e Greg em Ontário, Canadá. Doze meses descobrindo isso nos deram o álbum de estreia Tinnitus, que saiu em setembro, e nós levamos muitas das lições aprendidas disso para o nosso último single Sway”, contam.

Ainda que as origens da dupla venham da psicodelia, o som do Febrile Piranhas, especialmente em Sway, está bem próximo de uma mescla de punk e garage rock – mas, claro, com algumas viagens sonoras no meio, proporcionadas pela guitarra e pelos efeitos. Em Tinnitus, o álbum (capa acima), há uma proximidade até de coisas de Manchester nos anos 1980, algo que de início até passou despercebido aos dois.

“Muito legal que você tenha captado aquela vibe meio Madchester no álbum. Não era algo que tínhamos pensado em fazer, mas de repente tivemos algumas influências do Stone Roses e coisas assim chegando”, contam, por e-mail. O álbum tem também punk com herança de psicodelia à moda dos Dead Kennedys (I’m a really considerate and nice guy) e shoegaze com guitarra sixties (Sterilize the sky). O lado mais experimental fica por conta de I dreamed. I dreamed of screeching like a banshee, com andamento incomum, parede de guitarras e loop de gritos.

Ouça no último volume. Sway e o álbum Tinnitus seguem abaixo. Tem mais vindo aí. “Esperamos lançar outro EP em breve e continuar desenvolvendo o que já temos até agora”, dizem.

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