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Essa capa de disco dos Smiths tá meio estranha

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Rolou um papo aí, você deve saber, que os Smiths iriam voltar para uma turnê em 2020. Nos anos 1980, você deve lembrar, a banda liderada por Morrissey e Johnny Marr conseguiu muitos fãs não apenas por causa de som e de sua postura artística (odiavam sintetizadores, detestavam fazer clipes etc) como também por causa do visual das capas de seus discos. A cada LP ou single novo, a capa trazia sempre alguma imagem de algum filme que marcou a vida do vocalista Morrissey.

O primeiro disco, de 1984, você igualmente deve saber, trazia uma imagem do ator Joe Dallessandro em Flesh, filme dirigido por Andy Warhol, na capa. Joe, acredito que você saiba, tinha lá suas conexões com o universo do rock: foi citado por Lou Reed em Walk on the wild side, no verso “Little Joe nunca deu de graça/todo mundo teve que pagar e pagou”. E há suspeitas de que ele tenha sido o garoto da capa do disco Sticky fingers (1971), álbum dos Rolling Stones.

Agora o que você talvez não saiba é que fizeram isso aí com a capa da estreia dos Smiths.

A imagem que você vê acima não foi uma arte feita por nenhum fã da banda: é a capa do lançamento de The Smiths, o disco que tem faixas como Reel around the fountain, Miserable lie e Hand in glove. Mas é a versão lançada em fita cassete na Arábia Saudita.

O disco foi lançado lá por um selo espertalhão chamado 747, que se especializou em lançar álbuns de rock e música pop dos EUA e Europa em edições piratas. O 747 lançou discos de Rod Stewart, Johnny Hallyday, Françoise Hardy, Paul Simon, The Clash, Village People.

Por acaso o 747 também lançou um piratinha de Going for the one, disco do Yes lançado originalmente em 1977. O original tinha um cara de bunda de fora na capa. Claro que a foto foi cortada do relançamento.

Ah, sim: saiu uma edição do primeiro disco dos Smiths também na Arábia Saudita, mas com a capinha sem nenhuma alteração – foi por um selo chamado IMD. A edição também era pirata (!).

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Via Morrissey-Solo

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