E A Terra Nunca Me Pareceu Tão Distante: música reflexiva e independente em EP novo

Quarteto paulistano que faz rock instrumental, o E A Terra Nunca Me Pareceu Tão Distante estava há cinco anos sem lançar nada. Voltam com o EP Linguagem, o quinto lançamento da banda, e que comemora dez anos da carreira discográfica do grupo. O disco é um trabalho bastante independente: os músicos Lucas Theodoro, Luccas Villela, Luden Viana, Rafael Jonke produziram todas as faixas, e Theodoro assina a engenharia da gravação com Gabriel Arbex e Rafael Carvalho. É a primeira vez em que o grupo toma à frente da produção e da gravação.

“Esse tipo de controle técnico e criativo fez com que chegássemos num resultado sonoro que realmente tem a cara de nós quatro”, diz Theodoro. A banda passou dois anos gravando e compondo, isolada em casa por causa da pandemia, que fez com que as apresentações ao vivo cessassem. “Sem pressa para lançar ou agendas cheias de shows, pudemos olhar para as músicas de maneiras que nem sempre foi possível”, diz o guitarrista Luden Viana.

Linguagem parece seguir um conceito em suas quatro faixas. Ele parte da “decolagem” sonora de Ausente, seguindo para a tranquilidade quase pós-punk de Bruce Willis (encerrada por outro lado, com alguns minutos de guitarras altas e distorções), e chega a duas faixas maiores e mais post-rock, divididas em partes: Oblívio e Infamiliar.

No dia 12 de novembro, o E A Terra apresenta Linguagem pela primeira vez ao vivo, na Casa Rockambole, com a presença do baixista Luccas Villela e abertura da banda Raça. O disco sai pela Balaclava Records (Foto: Larissa Zaidan/Divulgação).