[dK]: tecnopop conceitual em sua “pior música”

Recentemente, o misterioso projeto musical italiano [dK] decidiu unir seus sintetizadores e programações, e sua capacidade de compor “paisagens melancólicas perturbadas por nuvens granulares”, para escrever o single The worst song I’ve ever done – Nothing else to do , um pedido irônico de desculpas por terem composto uma música “fácil de fazer, com palavras simples” (a música é boa, vale avisar).

O trio formado por [prof] (guitarras, sintetizadores, arranjos), [dixan] (synths, arranjos) e [K] Dee Mitochondrial (voz, synths, arranjos) tem também na discografia dois discos conceituais-ou-quase, cheios de teclados, e com uma ambiência eletrônica e sombria. O EP Alien, de 2022, fala de “cinco paisagens estelares diferentes, cada uma delas com sua própria atmosfera, criaturas vivas, rochas e sons”. O álbum Milliseconds in between (2017), é uma odisseia “narrativa, cinematográfica, dinâmica, visionária, emocionante (psicotrópica), sentimental (melancólica), sem final feliz”, com singles como To the edge of a millisencond. Entre um disco e outro, rearranjaram canções de antigas demos e puseram no álbum つ​づ​く(“continue”, em japonês, 2019). Está tudo no Bandcamp.

“Toda vez que lançamos um novo disco, passamos por uma fase de ansiedade e inquietação. Qualquer músico se expressa com a perspectiva de que a humanidade (pelo menos uma pequena parte dela) notará sua música”, dizem. “Ao fazer música e escrever canções, há um impulso evangélico, há uma tensão em direção à fraternidade cósmica. Claro, o perigo é que as pessoas não se importem com sua música, que elas não a ouçam ou que, enquanto a ouvem, elas não sejam afetadas por ela de forma alguma. E então você se machuca”.

Para fazer a turma do [dK] feliz, curtam o single novo aí embaixo.

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