Cultura Pop
Décio Piccinini soltando a voz num disco de Carnaval de capa bizarra
Em 1974, a RCA (hoje Sony), pelo selo baixo-orçamento Camden, lançou um disco bem sui generis para os foliões comemorarem o Carnaval de 1975. Folia 75 vol.2 vinha com o subtítulo The biggest brazilian Carnival hits. E tinha essa capa em clima de bad trip aí, feita por Tebaldo. Ele também fez capas psicodélico-emepebistas para a própria RCA, como a de Mudei de ideia, de Antonio Carlos & Jocafi (1970). Ou a do disco de 1970 dos Incríveis.
O repertório do disco, apesar do subtítulo “os maiores hits do Carnaval”, passou longe de marcar época, ou de permanecer fazendo sucesso através dos anos. Tinha versões carnavalescas de Doida demais, de Lindomar Castilho (com o próprio) e Tá todo mundo louco, de Silvio Brito (com uma dupla chamada Arthur & Galahad, que ainda gravaria músicas como Jogue a trança, Julieta). E também tinha a politicamente incorreta Marcha da piranha, com Carlos Sodré, Eu vou sair de casa, com o humorista Ronny Cócegas, e Waldik Soriano levando seu principal sucesso, Eu não sou cachorro não, para o universo do Carnaval com A marcha do cachorro.
E tinha também ninguém menos que Décio Piccinini soltando a voz naquilo que parece ser a única gravação em que o comentarista do Fofocalizando, do SBT, aparece cantando: Mão de obra, com letra politicamente incorreta sobre uma garota meio difícil. Na época, Décio já era o jurado ranzinza do Programa Silvio Santos, que por aqueles tempos era exibido na Rede Globo.
Ninguém até hoje lembrou de jogar Folia 75 inteiro no YouTube. Mas se você estiver muito curioso, pega aí Ronny Cócegas com Eu vou sair de casa…
.. a Marcha da piranha, com Carlos Sodré…
… e Lindomar Castilho dançando com os indicadores pra cima em Você é doida demais.