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Bru._.Jo: disco “florestal” que vale por uma trilha sonora

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A dupla de irmãos Bruno Qual e Joana Queiroz adotou o significativo nome de Bru._.Jo, unindo as duas sílabas iniciais – mas dando a entender que tem magia na sonoridade experimental dos dois. O disco de estreia deles, que leva o nome da dupla, foi gravado na primeira semana de 2020 durante uma imersão na floresta, com sons de natureza, efeitos de estúdio, vozes e percussões – tudo sendo acrescentado nos três anos que se seguiram à gravação do álbum.

Na dupla, Joana toca instrumentos como clarinete e clarone (além de cantar) e Bruno é responsável pela parte eletrônica das gravações. As músicas são autoexplicativas, com títulos exemplificando bem detalhadamente o que se encontra em cada faixa. Formigas e lagartas lembra os sons de insetos e demais animais buscando espaço e trabalhando na terra. Névoa (Neblina, bruma) começa com o som dos sopros de Joana, prosseguindo com os efeitos de Bruno, e soa de verdade como se a nuvem gelada baixasse. Raízes e troncos abre com sopros com som de madeira, seguindo com programações que sugerem uma viagem interna em uma árvore. No fim, os quase dez minutos de Noite, sobrevoo, tamboro, com sons eletrônicos soando como aquele momento em que se pode quase ouvir o silêncio.

O resultado sugere um tom meio clássico, meio new age, e soa como uma trilha sonora para um filme das matas. Para intensificar o clima “natural”, tudo foi gravado sem isolamento acústico. O disco sai com distribuição da YB.

Foto: Taís Triveni/Divulgação.

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