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Biografia de Bettie Page ganha tradução em português

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Aceitamos de presente: a editora Noir acaba de lançar no Brasil a biografia da pin-up Bettie Page, que leva o nome dela no título (280 págs, R$ 54,90). O texto é assinado pelo norte-americano Richard Foster, que chegou a entrevistar a própria Bettie, quando era estudante de jornalismo. O papo foi publicado no fanzine The Bettie Pages e marcou época, num período em que a modelo vivia reclusa.

“Seu nome de batismo era mesmo Bettie Page e talvez ela tenha sido a mulher mais desejada dos Estados Unidos nos últimos 100 anos. Mesmo que grandes estrelas como Greta Garbo, Lana Turner, Jane Mansfield e Marilyn Monroe tenham povoado o imaginário masculino – e feminino – nenhuma delas foi tão cobiçada quanto a rainha das pin-ups. Com seus espartilhos de couro e renda, cinta-ligas, sapatos de saltos altíssimos e chicotes, ela estava em franca desvantagem: diferente das outras musas, nunca estrelou um filme nas salas de cinema.

Foram apenas sete anos estampando cartões postais e páginas de revistas, já que em 1957, teve que se aposentar forçadamente para não ser presa após acusação de incitar a pornografia, embora tenha apenas mostrado suas pernas e seios nus. Praticamente esquecida entre anos de 1960 e 1970, o mito começou a ressurgir a partir da década de 1980 e teve sua consagração definitiva nos anos seguintes com a ajuda da internet, onde seu nome e imagem estão até hoje entre os mais buscados em todo o mundo, com centenas de páginas e milhões de seguidores.

A biografia Bettie Page, do jornalista americano Richard Foster, que está sendo lançada no Brasil pela editora Noir, conta isso tudo e muito mais. Revela a trágica vida e a desconhecida trajetória de uma estrela singular que povoou o imaginário de gerações.

Abusada sexualmente pelo pai, com casamentos turbulentos e fracassados, Bettie se viu sozinha e sem perspectivas, chegando a tornar-se fanática religiosa. Esses rumos tortuosos a enlouqueceram a ponto de esfaquear três pessoas em surtos psicóticos fazendo com que ela ficasse cerca de 12 anos trancafiada em manicômios. Foster se tornou o primeiro repórter a contatá-la durante seu ostracismo, fato que o levou a escrever um livro poderoso sobre as entranhas da sexualidade na América, repressão, censura e preconceito.

Mas nada disso impede o leitor de se apaixonar ainda mais por Bettie Page. O resultado é um relato fascinante, quase uma aventura policial, cheia de suspense e aventuras onde ela é, de fato, a heroína da história”.

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