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Aquela época em que Jimi Hendric era vocalista dos Scorpions

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Você pode não fazer a mínima ideia, mas a banda alemã Scorpions (que estará no dia no Rock In Rio no dia 4 de outubro) existe desde os anos 1960, quando os fundadores eram adolescentes. O grupo, que começou com Rudolf Schenker (guitarra, voz), Wolfgang Dziony (bateria, voz), Joachim Kirchhoff (baixo) e Karl Heinz Vollmer (guitarra), lembrava visualmente algo parecido com os Rolling Stones ou os Kinks, e se assemelhava a um monte de bandas da invasão britânica. Olha aí a lata deles lá por 1965.

Não apenas mal daria para imaginar que a banda se tornaria uma grande força do hard rock nos anos 1960, como também (possivelmente) rolava uma baita confusão nas cabeças de seus integrantes, que se viam instados a acompanhar as modas da época. O site Scorpscollector faz uma espécie de linha do tempo com as imagens da banda, e recorda que os Scorpions já foram uma banda com aparência beat. Depois foram deixando os cabelos crescerem um pouco e ganharam um ar meio Steppenwolf, com oclinhos escuros redondos e caras de lesação cool.

Olha essa foto aí embaixo com a formação que durou de 1967 a 1968. Da esquerda: Lothar Heimberg, Wolfgang Dziony, Rudolf Schenker, Ulrich Worobiec e Bernd Hegner. Sim, o entra e sai de integrantes sempre foi considerável.

Em 1966, pouco antes disso, a turma posa na Kombi que os levava para os shows. Note o LSD escrito na lataria.

E foi nesse entra e sai de amor que os Scorpions acabaram ganhando Jimi Hendric como frontman, em 1968. Na imagem abaixo, ele é o terceiro (em pé) da esquerda.

O nome não está escrito errado, nem você está ficando maluco/maluca. Jimi Hendric, com “c” no final, era o codinome de um vocalista chamado Gerd Andre – um branquelo alemão de juba encaracolada que, oh Deus, era considerado um sósia do autor de Purple haze por seus amigos, daí o apelido. Ele nasceu em Berlim e acompanhou os Scorpions por alguns shows na cidade. Não chega nem sequer a ser considerado um integrante efetivo da banda. Aparentemente, uma das coisas mais nobres que Hendric fez para a banda, além de tapar o buraco por alguns períodos e de ter um apelido sui generis, foi esquentar o banco para Klaus Meine, até hoje no cargo de cantor.

Uma prova de que demoraria para os Scorpions se acharem foi a de que o primeiro disco da banda, Lonesome crow, de 1972, era puramente um LP deprê, pra baixo e mais ligado ao krautrock, o rock experimental alemão. Não por acaso, Conny Plank cuidou da produção.

 

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