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Tudo o que você sabe, não sabe e deveria saber sobre o Amen Break

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Em seis segundos dá pra fazer coisa pra cacete. Que o diga a banda gospel The Winstons, de Washington DC. Os caras da foto lá de cima. Em 1969 o grupo lançou uma regravação da canção gospel Amen brother, que conta com um simples solinho de bateria de quatro compassos e seis segundinhos, feito pelo lendário baterista GC Coleman.

Olha a música aí. É a do popular “aaamém, aaaamém”, etc.

O tal solinho ganhou até apelido, Amen break. Como tem de tudo na web, um cara acelerou e reduziu a velocidade do solo…

“Ouvi a música inteira e não consegui entender direito como um solo de bateria de seis segundos significou tanto na história da música”, você pode dizer. Ok, pega aí DEZ HORAS de Amen break. E ajoelha no milho.

Tudo isso é pra dizer que o canal The Great Big Story resolveu contar a história da importância que o Amen break ganhou de 1969 para cá.

O solinho de seis segundos, feito na humildade, se tornou um dos loops mais sampleados de todos os tempos. Tudo por causa de um DJ, Breakbeat Lou (entrevistado pela equipe) que incluiu o solo numa coletânea de batidas para DJs. A partir daí, você encontra referências ao Amen break em uma série de música que vão do rap ao drum’n bass. Deste último, o tal solo virou base. Até mesmo Little wonder, de David Bowie, encontrou razões para existir em torno dele.

“E o Brasil, alguém usou o Amen break como base?”, você deve estar perguntando. Aparentemente o MPB-4. Dá uma olhadinha em Quem vem de lá, um soul escrito por Arthur Verocai e Paulinho Tapajós, gravado pelo grupo vocal niteroiense em 1970 na trilha da novela A próxima atração. Chegando lá pelos 1:29 rola um Amen break, ou não?

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