Cultura Pop
A polêmica da capa do primeiro disco do Kiss
Rola uma certa discordância sobre se essa história é verdade, mas tem lá sua graça. No livro Uma vida sem máscaras, Paul Stanley, do Kiss, garante que o fotógrafo que clicou a capa do primeiro disco da banda (Kiss, 1974) achava que o quarteto fosse algo parecido com a dupla Atchim & Espirro.
Segundo ele, Joel Brodsky (1939-2007), que fez as imagens do primeiro disco dos Doors (entre vários outros artistas), soube que ia fotografar um grupo que se maquiava e se ofereceu gentilmente para pegar uns apetrechos para incrementar as fotos do álbum. Ao receber a banda em seu estúdio, pegou uma caixa cheia de chapéus de palha e narizes de borracha. Gene Simmons depois complementou o assunto afirmando que Brodsky foi até pegar balões de gás (!) para a foto.
Stanley afirmou no livro também que não era tão difícil que esse tipo de confusão ocorresse no começo da banda. É algo que vai ao encontro do que muitos biógrafos falam do Kiss – que a imagem do grupo era aterrorizante demais para crianças e patética demais para adultos, e que isso prejudicou o Kiss por um tempo.
De qualquer jeito, a banda acabou aparecendo maquiada na capa do disco, sem os tais narizes de palhaço e chapéus (e balões). O baterista Peter Criss deixou de se maquiar e usou os serviços de um profissional contratado pelo fotógrafo – acabou aparecendo um pouco diferente de como costumava ficar nas fotos da banda. A ideia original da banda era dar uma imitada no visual sinistro da capa do segundo disco dos Beatles, With the Beatles (1963).
Seja como for, apesar do tal papo dos narizes de palhaço e chapéus de palha ser repetido por aí por Stanley e Gene Simmons, tem uma pessoa que discorda da história. E é justamente Joel Brodsky, que volta e meia afirmava que isso não tinha acontecido. “Isso de eu querer colocar balões atrás deles, pensando que eram palhaços de circo, não é verdade. É fruto da imaginação de alguém”, falava.
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