Crítica

Ouvimos: A Olívia – “Obrigado por perguntar”

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RESENHA: Segundo disco da banda A Olívia traz indie-pop com letras críticas e climão nostálgico, apresentando emanações de Skank, Titãs, Belchior e Raul Seixas.

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Obrigado por perguntar, segundo álbum da banda paulistana A Olívia tem um subtexto. É o fato de, nos dias de hoje ninguém estar realmente preocupado com ninguém: as pessoas quase sempre nem fingem que se preocupam apenas com elas próprias, e muita coisa vem perdendo o encanto totalmente. Canções como Entretenimento (indie-rock + jovem guarda que foi single do disco) trazem esse tipo de sentimento nas letras: as pessoas estão consumindo sem questionar e esse vazio só aumenta.

Para fazer com que as pessoas prestem atenção nas mensagens, o grupo vem com o repertório mais pop de sua história, trazendo referências de Skank (Entretenimento e Insustentável, esta com uma cola pop que inclui também elementos de Red Hot Chili Peppers), Titãs (Incêndio em mim, Nem debaixo de tiro, Viver um amor), MPB oitentista (Ensaio aberto) e até Belchior – na suavidade de Histórias que escrevi e de Alma, esta última um bolerinho 60’s.

No geral, A Olívia é um grupo de indie rock e até de pós-punk, apresentando também uniões de rock e reggae em Hasta luego, climas lembrando Beatles e até Guilherme Arantes em Lugar comum, e momentos que lembram o rock dos anos 2000 em Boa tarde e Hora extra. E o álbum une música e texto num conceito bem amarrado – basicamente seguindo a velha lição de Raul Seixas, de fazer uma música mais comercial e mais palatável para a mensagem “pegar”.

Texto: Ricardo Schott

Nota: 7,5
Gravadora: ForMusic.
Lançamento: 11 de julho de 2025

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