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U-Men: a Sub Pop acaba de relançar tudo o que eles gravaram

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U-Men: a Sub Pop acaba de relançar tudo o que eles gravaram

Quem esteve na exposição Nirvana: Taking punk to the masses, e viu o mapinha do rock do Noroeste Pacífico dos EUA que tem lá (e que resumimos numa listinha) lembra de um grupo chamado U-Men. Essa banda de Seattle surgiu em 1981. E é tida como influência de praticamente tudo o que veio depois no rock da região.

O grupo do baterista Charlie Ryan, do vocalista John Bigley, do guitarrista Tom Price e do baixista Jim Tillman acabou gravando só um álbum em 1988, Step on a bug. Ryan diz que o grupo recusou um convite para assinar com a Sub Pop. “Porque eles queriam a gente e era divertido recusar”, afirma. E agora a mesma Sub Pop põe nas lojas uma coletânea dupla da banda, U-Men. Com tudo o que o grupo lançou na vida (LP, EPs, singles) e cinco inéditas. Imperdível. Olha aí.

O material de U-Men foi lançado também em três LPs. Nos dois casos, tem um livro com 16 páginas de fotos, liner notes e entrevistas. Mark Arm, vocalista e guitarrista do Mudhoney, fez um dos textos de apresentação.

“Os U-Men são uma das melhores bandas que já vi. Eles eram hipnóticos, frenéticos, poderosos e atraentes. Era impossível não ser sugado para seu mundo estranho, sombrio e absurdo. Eles combinaram sem esforço o Sonics, Link Wray, Pere Ubu e o Captain Beefheart. Seus shows eram para dançar de modo maluco e bêbado. E um show nunca era parecido com o outro (…). Tive a sorte de morar em sua cidade natal e vi tudo o que pude deles”.

O U-Men acabou – evidentemente – não capitalizando em cima do prestígio. Gravou discos por etiquetas pequenas como Bomb Shelter (um selo que Bruce Pavitt, sócio da Sub Pop, teve no começo dos anos 1980) e Amphetamine Reptiles. E a banda teve um pioneirismo tão grande que dá para dizer que quando não havia nada, tinha eles. O guitarrista Tom Price bateu um papo com o site Dangerous Minds para falar da nova coletânea. E lembrou o que era “cena de Seattle” nos idos de 1981.

“Não havia muita cena. Tinha o remanescente padrão das cenas do punk e do glam dos anos 70, uma cena pouco difícil, mas não havia muita coisa acontecendo. Havia algumas bandas boas, mas definitivamente a gente se sentiu isolado lá por muito tempo. Você lê hoje uma entrevista com uma banda tipo Buzzcocks ou Misfits e eles sempre falam: ‘Sim, acabamos de excursionar pela Costa Oeste’. E onde foi que eles tocaram? Los Angeles e San Francisco, e essa foi a tal “turnê da Costa Oeste”. Portland, Seattle, Vancouver não eram sequer considerados como um lugar onde você poderia fazer show” (Tom Price, U-Men)

A relação do U-Men com a profissionalização musical era tão barateada que o músico diz que o grupo nem acabou. Todos começaram a trabalhar em outras coisas e ficou difícil continuar. Agora é a chance para conhecer a banda que realmente criou o som de Seattle.

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Eel Men: reapresentando o punk rock (e o pós-punk) com “Exeter exit”

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Eel Men: reapresentando o punk rock (e o pós-punk) com "Exeter exit"

Algo me diz que, se estivéssemos lá por 2001, ou 2002, os Eel Men já estaria contratados por uma gravadora grande – a estética punk dessa banda, que parece o tempo todo homenagear bandas como Buzzcocks e Gang Of Four, tem tudo a ver com uma certa confluência entre anos 1970 e 2000 que se abriu nessa época. Esse grupo do Norte de Londres abriu atividades em 2021, já gravou um punhado de singles e um EP “ao vivo no estúdio”, e divulga agora o single Exeter exit.

A nova música dessa banda abre com uma certa cara de Roxanne, do The Police, ou de London calling, do Clash, graças à guitarra em clima quase ska. Só que o que vem em seguida é uma mescla do pós-punk de bandas como Gang Of Four com (de fato) o ataque selvagem do Clash, até mesmo nos vocais e no sotaque londrino. De modo geral soa como uma daquelas bandas punk do fim dos anos 1970 que não quiseram de jeito nenhum ser chamadas de new wave, ou algo do tipo.

O repertório dos Eel Men (que é formado por Jimmy nos vocais e guitarra, Rory na guitarra solo, Alec no baixo e Matt na bateria) inclui ainda outras músicas tão boas quanto Exeter exit, como Pink ones, a levemente sessentista Archetype (que tem uma inexplicável batida meio samba-punk-rock), a mod West green pirate e a dançante Are you there god it’s me, esta funcionando como um relógio rítmico. O grupo já fez uma extensa turnê pela Europa, com shows que foram “de festivais familiares a ex-quartéis-generais da Gestapo transformados em squats anarquistas”, e prepara seu primeiro álbum para fevereiro de 2025. Ouça Eel Men em alto volume aí embaixo.

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Sara Diana: voz forte e madura aos 18 anos, em EP e single

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Sara Diana: voz forte e madura aos 18 anos, em EP e single

Com apenas 18 anos, Sara Diana (que vem de Miami, Flórida) tem uma voz bastante madura – fica claro na audição de seu EP Can’t be fazed, definido por ela mesma como um disco sobre sobrevivência. “Todo o conceito de não ficar ‘perturbada’ é sentir como se nada mais pudesse machucar você. Tenho certeza de que muitas pessoas já passaram por um momento na vida em que sentem que estão lidando com tanta coisa que não conseguem mais se abalar. Então, esse projeto é simplesmente isso”, diz ela.

O repertório do disco traz influências evidentes de Bilie Eilish e Lana Del Rey, mas com uma musicalidade herdada de heavy metal e nu-metal lá no fundo – aparecendo inclusive em alguns arranjos e composições do EPzinho. All up in my head, música escolhida por ela para apresentar o disco no Groover, tem muito disso: um tom mais clássico e até jazzístico dado pelas influências de novas cantoras como Lana, mas algo mais roqueiro que transparece em alguns momentos – e que retorna ao longo do EP, em músicas como a faixa-título. O texto de apresentação faz questão de mostrar que o disco lida com temas como “amor, crescimento, sobrevivência, invencibilidade e autodescoberta”.

Conheça All up in my head abaixo.

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O Vento Solar: MPB, pop e ska em “O livro na estante”

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O Vento Solar: MPB, pop e ska em "O livro na estante"

Entre o pop, a MPB e o rock brasileiro, o grupo paulistano O Vento Solar (cujo nome, por sinal, remete a um verso de Um girassol da cor do seu cabelo, de Lô Borges) lançou neste ano o álbum Do mar à montanha, que segue duas facetas diferentes: a primeira metade é formada por canções mais ensolaradas (mar) e a segunda, por um material mais introspectivo (montanha). É a estreia da banda com um álbum “inteiro” – antes haviam saído singles e dois EPs.

Uma das músicas que escolheram para divulgar o disco – e que enviaram pelo Groover ao Pop Fantasma – foi O livro na estante, uma canção mais ligada ao universo do ska, e à mistura de ritmos jamaicanos com MPB e rock nacional, à maneira de bandas clássicas como Skank, Maskavo Roots e Paralamas do Sucesso. Para dar um ar diferente à música, convidaram o saxofonista Vinícius Paluddetti, da banda Guantas, para tocar na faixa. O clipe da música mostra várias pessoas interagindo e dançando ao som da canção.

O Vento Solar tem na formação Ana Risso (voz/ teclado/ piano/ escaleta), Caio Domênico (guitarra/ violão/ cavaquinho), Marcello Menezes (contrabaixo) e Pedro Cirilo (bateria/ percussão). E você fica conhecendo O livro na estante aí embaixo (Foto: Guto Portugal/Divulgação).

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