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E com vocês, o Iron Reagan!

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E com vocês, o Iron Reagan!

Já ouviu falar do Iron Reagan? Não é exatamente uma paródia do Iron Maiden, mas pelo teor crítico das letras, serve bem como uma zoação com a memória do 40º presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan. O canal de vídeos Banger.TV fez uma resenha em vídeo do disco mais recente do grupo, o terceiro, “Crossover ministry”, lançado pela Relapse Records. Assista aí (dá para colocar legendas em inglês).

Seguindo a antiga cartilha do crossover que gerou bandas como D.R.I. e a segunda fase dos Ratos de Porão, o Iron Reagan é um projeto paralelo do vocalista e do baixista do Municipal Waste, Tony Foresta e Lan Phil (respectvamente), dedicado à mistura de punk e heavy metal. Ao lado deles, estão um ex-guitarrista do A.N.S., Mark Bronzino, um ex-baterista do Darkest Hour, Ryan Parrish e o baixista do Hellbear, Rob Skotis. O grupo vem dando bastante trabalho para Foresta, como o próprio confessou numa entrevista de 2012, quando lançavam o disco “The tyranny of will”. Nessa época, o músico, sem largar seus compromissos com o Municipal Waste de lado, chegou a ficar oito meses na estrada com o Iron Reagan, que no inícioo era para ser apenas um projeto paralelo, mas cresceu bastante. “Não é cansativo, mas tem hora que é confuiso. Nem achava que o Iron Reagan fosse decolar dessa forma. Mas tem um monte de coisas com as quais temos que lidar agora, nem era o que planejamos”.

Como é comum em bandas de crossover, o Iron Regana tem paixão pela ironia, pelo politicamente incorreto e por letras curtas e grossas – no disco novo tem “More war” (cuja letra diz “mais guerra, mais guerra/vamos fazer mais armas…?é agora/você morre, a gente vive”), “Fuck the neighbors”, “Blatant violence”, várias. Teve mais em “The tyranny of will”, como “Your kid’s an asshole”, feita por Foresta após passar algumas horas num voo ao lado de um casal francês que deixava os filhos berrarem o tempo todo e andarem pelo corredor da aeronave fazendo merda. Teve também “Eyeball gore”, “hit” do disco, com um lyric video brutal, cheio de imagens roubadas do YouTube – e, combinando com o título da música, algumas delas trazial globos oculares sendo arrancados.”Estranho que o YouTube não tenha tirado do ar”, disse Foresta no papo com a Noisey. “Se tivesse seios em vez de globos oculares empalados, teria sido banido um segundo depois do upload”.

Veja por sua conta e risco.

E aqui você ouve “Crossover ministry”. Bom dia!

Lançamentos

Nova Materia: batidão electro-clash no single “Fictions of myself”

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Nova Materia: batidão electro-clash no single "Fictions of myself"

De origem franco-chilena, o Nova Materia faz uma mistura de música industrial, eletrônica, pós-punk e electro-clash – e chega a lembrar os batidões que o funk carioca volta e meia usa como base, em sua primeira faixa lançada nas plaformas, Fictions of myself. Dá para perceber claramente referências de coisas legais como Miss Kittin e Front 242 – eles inclusive citam ambos como influência.

O Nova Materia é formado por Caroline Chaspoul e Eduardo Henriquez, ambos ex-integrantes do Panico, um grupo chileno que ganhou reconhecimento nos anos 2000 unindo punk e sons latinos. Além de instrumentos normais e sons eletrônicos, o projeto lança mão de sons tirados de metais, pedras (!) e objetos encontrados por aí, e sampleados, criando um efeito de percussão industrial. Os dois definem inclusive seus shows como cerimônias sonoras.

Fictions chega nas plataformas com um clipe feito em Nova York, que usou a inteligência artificial para transformar as imagens das pessoas que passavam na rua em uma espécie de fundo fantasmagórico. Um efeito que “alinha-se perfeitamente com o tema da música de identidades fluidas e em constante mudança”, diz a dupla em seu texto de lançamento. “A música tem uma mensagem de auto-reinvenção — uma voz que abraça o direito de incorporar múltiplas identidades. É uma celebração da complexidade e da natureza fluida da identidade”, continuam.

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Lançamentos

Estragonoff: EP novo com lambada em ritmo de… punk rock?

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Estragonoff: EP novo com lambada em ritmo de... punk rock?

A banda gaúcha Estragonoff lançou exclusivamente em seu canal de YouTube um EP chamado Sabor pop punk vol. 1, que traz seis sucessos da lambada dos anos 1980/1990 em clima de punk rock. O grupo escolheu regravar duas músicas que estão de volta à telinha: Me chama que eu vou (Sidney Magal) e Tieta (Luiz Caldas), respectivamente das novelas Rainha da sucata e Tieta. Também fizeram um medley com Haja amor (Luiz Caldas), Adocica (Beto Barbosa) e Baby doll de nylon (Robertinho de Recife).

O disco faz parte das comemorações de 20 anos da Estragonoff, que prevê o lançamento de um EP com músicas inéditas no ano que vem. Atualmente formada por Giordano Larangeira (voz), Murillo Santos (guitarra), Pedro Alexandre (baixo) e Rafael Garske (bateria), a banda lançou o disco pelo selo Grudda Records, com produção de Davi Pacote. O disco, aliás, é acompanhado de três vídeos dirigidos por Alexandre Birck.

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Segundo Rafael, a ideia é que os vídeos mostrem a irreverência e a energia do Estragonoff. “Somamos a isso a experiência do karaokê, afinal são músicas que todo brasileiro já teve contato e sabe a letra. Poder trazer uma atmosfera de nostalgia, mas contendo uma novidade, um novo olhar sobre essas músicas”, diz. “Todas as músicas vieram da vivência dos anos 80/90. Seja na TV ou cinema. Claro, como somos uma banda de hardcore e pop punk, colocamos as letras nas melodias que gostamos de tocar. Criamos o nosso lambacore”, continua.

A receita musical do grupo foi influenciada por uma mescla de emocore, punk pop, hardcore e clássicos do punk (inclusive bandas nacionais, como CPM 22 e Dead Fish). A era dos punk covers, as versões de músicas conhecidas em tempo punk que apareciam em programas como Napster e KazAa (lembra?) também marcou o grupo. “Quantas vezes baixamos MP3 com o nome ‘punk covers’ sem saber o nome real da banda? Nosso repertório é composto por músicas autorais e versões punk/hardcore de músicas que consideramos interessantes na nossa memória afetiva e musical”, diz o baterista.

Curta Sabor pop punk vol.1 aí embaixo (Foto da banda: Jones Peroni/Divulgação)

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Lançamentos

Sight After Dark: punk + eletrônica + r&b no mesmo espaço

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Sight After Dark: punk + eletrônica + r&b no mesmo espaço

“Esta música não foi feita simplesmente para ser ouvida, mas para ser experimentada”, avisa o projeto novaiorquino Sight After Dark para quem for ouvir o single recém-lançado deles, Any day now – uma excelente mescla de punk, sons eletrônicos e até algo de r&b misturado ali. O grupo-dupla surgiu do encontro da cantora Sifa Graffiti e do guitarrista Dan Berg em Manhattan, numa noite de “microfone aberto”. Ambos viram que curtiam os mesmos tipos de música e começaram a levar um som juntos.

“Nosso grupo, junto com nossa música, é nítido, sujo, vanguardista, nostálgico, psicodélico, barulhento, agressivo, vulnerável e conhecedor. Dedicamos nossas vidas a essa música na esperança de que ela possa trazer ao mundo o mínimo de felicidade”, contam o dois no texto de lançamento da música.

A discografia do Sight After Dark inclui até o momento um EP de cinco faixas, Dark days and sucker ways, com cinco faixas de peso eletrônico e punk (como Sucker ways e Free world, misturas até de punk, metal e r&b) e uma faixa enorme e falada que serve como um podcast do grupo (SightCast parte 3). E também alguns singles notáveis – um deles com uma versão eletrônica, sexy e sombria de Come as you are, do Nirvana. O single dessa releitura traz o cenário de “piscina” da capa do álbum Nevermind, do Nirvana (1991), mas sem bebê nenhum dentro – e com o logo da banda e da canção fazendo referência ao logotipo do álbum original. Ouça tudo no volume máximo.

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