Connect with us

Lançamentos

Drenna fala de autoaceitação e de redes sociais em “Me desculpa”, novo single

Published

on

Drenna fala de autoaceitação e de redes sociais em "Me desculpa", novo single

A banda carioca Drenna lançou nas plataformas digitais seu novo single, Me desculpa. Dessa vez, o trio da guitarrista e vocalista Drenna Rodrigues fala no uso de filtros nas redes sociais e em autoaceitação, comentando sobre porque alguns corpos são aceitos e padronizados e outros, não. Na letra, a frase “me desculpa, mas eu sou assim”. A faixa sai pelo selo Toca Discos.

“O normal é sempre algo ditado por um sistema de controle, crenças enraizadas ou mecanismo de moda, venda ou consumo. A normalidade fica apontando para os corpos dos outros dizendo o que tem que ser ou não. O corpo não é moda e nem pode estar à serviço dela. Definir um tipo de corpo como tendência é também ditar corpos que não podem existir. Influenciadores tem o poder de promover uma obsessão coletiva por padrões estéticos à serviço do consumo. A patologização dos corpos gordos que são lidos como doentes pela sociedade tão somente para apartá-los do convívio social e do afeto e não para designar tratamentos de saúde. A pressão para performar feminilidade – cabelos longos, depilar, maquiagem – ou masculinidade – cabelos curtos, músculos, não usa determinadas roupas, maquiagem ou esmaltes. As mulheres especialmente aprendem a procurar defeito no espelho”, conta Drenna no texto que acompanha o lançamento do single.

A música foi concebida durante um songcamp de três dias no mítico estúdio Toca do Bandido, no Rio de Janeiro, dos produtores Felipe Rodarte e Constança Scofield. Além de Drenna, fazem parte da banda Bruno Moraes e Milton Rock. Me desculpa é o quarto e último single antes do novo disco, que chega às plataformas de streaming – também pela Toca Discos – no dia 26 de maio. Anteriormente, o power trio carioca havia lançado A praia, A casa e Haters.

Crítica

Os melhores discos de 2024 que a gente ouviu em novembro

Published

on

Os melhores discos de 2024 que a gente ouviu em novembro

Demoramos um pouco, mas tá no ar a listinha dos melhores discos de 2024 que ouvimos em novembro. Estamos fazendo uma lista mensal desde julho (essa é a de julho, essa a de agosto, essa a de setembro, essa a de outubro, e essa, a inaugural, é a de melhores discos do primeiro semestre de 2024). A nota 10 foi para uma novidade (a banda ruidosa Julie), para um veterano da mistura de hip hop com rock (Planet Hemp, em disco ao vivo) e para um cara que já tem certa estrada no hip hop e na construção de paisagens sonoras e histórias de arrepiar (Tyler The Creator). Leia tudo, ouça tudo, repasse.

TURMA DA NOTA 8
Abril Belga, Metrô hi-fi
Alvaro Lancellotti, Arruda, alfazema e guiné
Anastasia Coope, Darning woman
Bodega, Brand on the run
Dora Morelenbaum, Pique
Duda Fortuna, Dual
Friedberg, Hardcore workout queen
Katie Gavin, What a relief
Linkin Park, From zero
Madre, Vazio obsceno
Maria Beraldo, Colinho
Molchat Doma, Belaya polosa
Quito Ribeiro, Umguerrê
S.E.I.S.M.I.C, S.E.I.S.M.I.C.
Suki Waterhouse, Memoir of a sparklemuffin
Tamar Berk, Good times for a change
Tássia Reis, Topo da minha cabeça

TURMA DA NOTA 8,5
Cloud Nothings, Here and nowhere else (10th anniversary)
Dani Bessa, Hiperdrama
Dolores Forever, It’s nothing
Hayden Thorpe, Ness
Man/Woman/Chainsaw, Eazy peazy (EP)
Porridge Radio, Clouds in the sky they will always be there for me
Primal Scream, Come ahead
Sue, Quando vc volta?

TURMA DA NOTA 9
Batata Boy, MAGICLEOMIXTAPE (quando vê, já foi)
Dale Crover, Glossolalia
The Cure, Songs of a lost world
George Harrison, Living in the material world – 50th anniversary edition
The Hard Quartet, The Hard Quartet
Kim Deal, Nobody loves you more
Jerry Cantrell, I want blood
Laura Marling, Patterns in repeat
Leon Bridges, Leon
Luiz Amargo, Amor de mula
Michelle, Songs about you specifically
Oruã, Passe
Peter Perrett, The cleansing
Tess Parks, Pomegranate
Zé Manoel, Coral

TURMA DA NOTA 10!
Julie, My anti-aircraft friend
Planet Hemp, Baseado em fatos reais: 30 anos de fumaça
Tyler The Creator, Chromakopia

Continue Reading

Lançamentos

Eel Men: reapresentando o punk rock (e o pós-punk) com “Exeter exit”

Published

on

Eel Men: reapresentando o punk rock (e o pós-punk) com "Exeter exit"

Algo me diz que, se estivéssemos lá por 2001, ou 2002, os Eel Men já estaria contratados por uma gravadora grande – a estética punk dessa banda, que parece o tempo todo homenagear bandas como Buzzcocks e Gang Of Four, tem tudo a ver com uma certa confluência entre anos 1970 e 2000 que se abriu nessa época. Esse grupo do Norte de Londres abriu atividades em 2021, já gravou um punhado de singles e um EP “ao vivo no estúdio”, e divulga agora o single Exeter exit.

A nova música dessa banda abre com uma certa cara de Roxanne, do The Police, ou de London calling, do Clash, graças à guitarra em clima quase ska. Só que o que vem em seguida é uma mescla do pós-punk de bandas como Gang Of Four com (de fato) o ataque selvagem do Clash, até mesmo nos vocais e no sotaque londrino. De modo geral soa como uma daquelas bandas punk do fim dos anos 1970 que não quiseram de jeito nenhum ser chamadas de new wave, ou algo do tipo.

O repertório dos Eel Men (que é formado por Jimmy nos vocais e guitarra, Rory na guitarra solo, Alec no baixo e Matt na bateria) inclui ainda outras músicas tão boas quanto Exeter exit, como Pink ones, a levemente sessentista Archetype (que tem uma inexplicável batida meio samba-punk-rock), a mod West green pirate e a dançante Are you there god it’s me, esta funcionando como um relógio rítmico. O grupo já fez uma extensa turnê pela Europa, com shows que foram “de festivais familiares a ex-quartéis-generais da Gestapo transformados em squats anarquistas”, e prepara seu primeiro álbum para fevereiro de 2025. Ouça Eel Men em alto volume aí embaixo.

  • E esse foi um som que chegou até o Pop Fantasma pelo nosso perfil no Groover – mande o seu som por lá!
  • Apoie a gente e mantenha nosso trabalho (site, podcast e futuros projetos) funcionando diariamente.

Continue Reading

Crítica

Ouvimos: Blood Wizard, “Grinning William”

Published

on

Ouvimos: Blood Wizard, “Grinning William”
  • Grinning William é o segundo álbum do grupo britânico Blood Wizard, projeto do músico Cai Burns. A produção foi feita por Theo Verney. Ao lado de Cai (voz, guitarra), estão Faye Robinson (voz, teclados), Tom Towle (guitarra), Ben Davis (baixo) e Adrian Cook (bateria).
  • O release apresenta o álbum como um lançamento mais calmo do que os anteriores ligados a Cai. “As inclinações mais alt-folk de sua estreia foram amplamente introduzidas em vez de guitarras baixas e mais robustas”, diz.
  • Nomes como Cate Le Bon e a neozelandesa Aldous Harding são citados como influencias por Cai.

Se você vir a capa do novo disco do Blood Wizard, levar em conta o nome da banda, e resolver ouvir achando que se trata de algum disco de heavy metal ou stoner rock, vai dar com a cara na porta – mas vá lá que a abordagem deles do som lo-fi tem seus parentescos com o design musical casca-grossa. O som do Blood Wizard opera em linhas nada finas localizadas entre Lou Reed e Mazzy Star, entre Primal Scream e Velvet Underground, entre o indie britânico dos anos 1980 e o vanguardismo de David Bowie nos anos 1970.

Essa segunda faceta dá as caras em Apples + Oranges, canção dançante e falada, enquanto um lado agridoce e pop surge em Sciencefiction, a faixa de abertura de Grinning William . Na sequência, a faixa título, cantada pela tecladista Faye Robinson com voz despedaçada, é pura acidez, algo próximo do shoegaze, mas sem a explosão do estilo musical. Devil dressed in disguise ameaça uma batida meio surf, meio Jorge Ben no começo, mas é só disfarce: a canção vira um pós-punk dançante, com ritmos quebrados, lembrando bandas como Television Personalities. A letra traz os pensamentos viajantes de alguém que descobriu que era o diabo disfarçado – algo entre o cut up de William Burroughs e Arnaldo Baptista/Syd Barrett.

  • Apoie a gente e mantenha nosso trabalho (site, podcast e futuros projetos) funcionando diariamente.

O que vem depois em Grinning William surpreende: o grupo consegue soar como um The Fall focado na construção de canções e influenciado pela fase anos 1990 de Bowie (Big fish). Depois solta uma baladinha linda, psicodélica e meio louca (Babytooth, que parece usar a metáfora dos “dentes de leite” para falar sobre perda da inocência), um folk-de-bateria-eletrônica com vocais rappeados (Back2bed), um belo pós-punk de synth e violão (Indecision, dos versos “tentamos tirar um tempo para sermos nós mesmos/quem se importa com o que está acontecendo lá fora?/estamos aqui em casa dançando”).

Fechando, lembranças de Day in, day out, do XTC, em Sinister star, e o tom circular e hipnótico de Higher energy!, ameçando um stoner rock no começo, e tornando-se um pós-punk experimental e motorizado. Quem ouvir o disco no Bandcamp ganha uma faixa bônus, a baladinha lo-fi Flowers of evil. No geral, Grinning William é surrealismo poético e musical, com excelentes melodias e surpresas pelo caminho.

Nota: 9
Gravadora: Sad Club Records

Continue Reading
Advertisement

Trending