Livros
Um livro infantil para crianças que veem o pai ser preso

Ver o pai ser preso não é uma exclusividade de filhos de políticos. O pai de uma criança pode ser acusado injustamente de um crime, pode ter tido o nome envolvido em alguma maluquice, pode ter se envolvido em algum esquema bizarro e escroto no trabalho, pode estar plantando maconha em casa para consumo próprio ou uso medicinal – e os filhos passam a trocar os feriados na casa de praia e as pescas no barquinho por visitas a algum complexo prisional.
Mas isso eu não sabia que existia: uma escritora californiana chamada Melissa Higgins lançou um livro infantil chamado “The night dad went to jail: What to expect when someone you love goes to jail” (“A noite em que papai foi pra cadeia: o que vem por aí quando alguém que você gosta vai preso”, em português – o livro não tem tradução aqui).
Se esse livro fosse lançado no Brasil, possivelmente muita gente iria achar um absurdo o fato de Melissa não ter retratado, digamos assim, o dia a dia de uma família mais desfavorecida cujo patriarca vai para a cadeia. Mas o livro retrata com detalhes tudo o que pode acontecer a crianças de classe média cujo pai vai preso: revolta, dificuldade de perdoar o erro do pai, bullying na escola.
Aparentemente Melissa é uma escritora bastante dedicada a fazer livros infantis sobre temas pesados e grandes discussões. Olha aí alguns outros títulos dela.
Lançamentos
Livro do DJ Zé Pedro, “Mela cueca” resgata clássicos do pop triste

“Mela cueca” é um termo que, lá pelos anos 1970/1980, era usado para definir um estilo de música romântico, melodramático, com letra geralmente falando sobre amores perdidos, ou qualquer tema que não fosse muito pra cima. Tim Maia costumava dizer que seus discos tinham lado A e lado B divididos entre “esquenta sovaco” e “mela-cueca”, mostrando o quando o termo ficou popularizado. Dessa vez, é o DJ Zé Pedro que relembra o termo em seu livro Mela cueca – As canções de amor que o mundo esqueceu (Ed. Garota FM Books), que ganha duas festas de lançamento, no Rio de Janeiro (31 de outubro, no Manouche) e em São Paulo (06 de novembro, no Bona), ambos marcados para as 20h, com entrada gratuita. O prefácio do livro é de Lulu Santos.
Mais conhecido como DJ e como curador (é criador do selo Joia Moderna, voltado para projetos da MPB que não encontram espaço em grandes gravadoras), Zé Pedro comenta no livro clássicos do pop dos anos 1970 e comecinho dos 1980, cabendo também um guia com faixas e comentários, além de textos bem confidenciais assinados por Júnior do Leme, codinome inventado pelo apresentador Carlos Imperial quando Zé Pedro participou de seu programa na TV Tupi. Ele também escreveu outro livro, Meus discos e nada mais, lançado em 2007.
O livro foi trabalhado pelo DJ durante três anos, até que teve uma troca de mensagens com Chris Fuscaldo, da editora Garota FM. Depois de um papo, a forma final do livro foi alcançada, com uma introdução vinda de vários relatos do escritor. A seleção do livro vai até 1980, quando saiu a trilha internacional da novela Água viva, “última grande trilha internacional de novelas”, segundo Zé Pedro. “De lá para cá, o som mudou, tudo ficou muito programado”, disse ao jornal O Globo.
Serviço:
RJ:
Dia: 31/10/2023 (terça-feira)
Horário: 20h
Local: Clube Manouche (Rua Jardim Botânico, 983 / basement, Rio de Janeiro)
Entrada Franca.
SP:
Dia: 06/11/2023 (segunda-feira)
Horário: 20h
Local: Bona (Rua Paulo Vieira, 101, Sumaré, São Paulo)
Entrada Franca
Nos dois casos, o livro estará á venda no local
Foto: Divulgação.
Agenda
Livro de terror do ex-vocalista da Maldita ganha lançamento no Rio neste sábado (5)

Lembra da banda carioca Maldita, que fazia um som entre o metal e o gótico e chegou a abrir shows de Marilyn Manson no Brasil? Erich Eichner, vocalista do grupo, retorna agora, mas como escritor. Ele vai lançar neste sábado (5) o livro Contos de aduana (Ed. Ilustre), reunindo quatro contos inéditos de ficção e terror. Erich é fanático pelo estilo desde criança, quando leu uma antologia que tinha os clássicos Frankenstein (Mary Shelley), Drácula (Bram Stoker) e O médico e o monstro (Robert Louis).
“Passei a frequentar livrarias atrás de tudo que poderia encontrar”, relembra o autor, que, no livro, criou personagens que foram inspirados em pessoas reais, que estão sempre em ambientes ligados a uma atmosfera musical. Transtornos afetivos, rejeição e sexualidade estão entre os temas do livro, e nomes como Leonard Cohen, David Bowie, The Doors e The Cure, admirados por Erich, surgem como referências a cada conto.
O lançamento rola neste sábado (5), às 21h, no Estação NET Rio, em Botafogo, junto com a exibição do curta Pedaços, de Erich e Pedro Punk, dentro da Mostra 26 Anos Cavideo. Tendo como locação lugares clássicos da Zona Sul, como a Praia de Ipanema e o Baixo Gávea, o filme produzido pelo Studio Contra foi feito com recursos próprios e finalizado em 2015. No papel principal, o elenco conta com o ator Carmo Dalla Vecchia, e a trilha sonora foi produzida por Scott Puttesky, mais conhecido como Daisy Berkowitz, guitarrista de Marilyn Manson. Por sinal, Erich sonha em ver seu livro levado para a tela grande.
“Uma das principais influências na minha vida é Stephen King, autor de vários best sellers adaptados para o cinema. Quem sabe Contos de Aduana vire um filme?”, conta ele, fã também de Dario Argento (Inferno). Gaspar Noé (Climax), Tobe Hooper (Poltergeist), Wes Craven (A hora do pesadelo). A editora Ilustre, por sua vez, é do jornalista e escritor Pedro de Luna, e lançou livros como Champ – a incrível história do baixista Champignon do Charlie Brown Jr, do próprio Pedro.
Exibição do Filme Pedaços
Horário: 21h na Mostra 26 Anos Cavideo
Estação NET Rio – Rua Voluntários da Pátria 35 | Botafogo | RJ
Entrada: R$ 14
Informações: 21 – 2226-1986
Cultura Pop
Conheça “Avalanche – A revolução do streaming”, livro que mapeia a nova música brasileira, e está sob financiamento

400 páginas, 51 perfis, 31 entrevistas, 200 fotos + gráficos e análises, quatro anos de pesquisa. Avalanche – A revolução do streaming (2010-2020): 51 nomes para conhecer a novíssima música brasileira, do jornalista Marcelo Monteiro, lança mão desse material, e desses números, para destrinchar o que vem acontecendo com a MPB da década passada para cá – a era em que os CDs passaram a fazer menos sentido do que a música lançada nas plataformas digitais, e o tempo em que os clipes se tornaram material para ser assistido no YouTube.
O livro está na reta final do seu financiamento coletivo, pelo Catarse (vai até dia 22 de julho), e são só mais poucos dias para quem quiser adquirir uma cópia da primeira impressão do livro, com direito a brindes especiais. Entre os nomes abordados pelo livro, estão Céu, Criolo, Emicida, Luedji Luna, BaianaSystem, Metá Metá, Boogarins e Francisco El Hombre, entre várias bandas e artistas que se tornaram ilustres (ou mais ilustres) dos anos 2020 para cá. Para o livro, Marcelo pesquisou sobre o que viu de bem perto, como jornalista (do portal Globo.com e do antigo blog Amplificador, do jornal O Globo) e como chefe de selo (o Novíssima, da Sony). O livro sai pela editora Numa.
“Avalanche apresenta levantamento inédito em livro da revolução do streaming na indústria fonográfica, impactos na música contemporânea brasileira e no mercado independente e mapa das principais revelações e festivais; vai fundo nas análises com depoimentos de personagens marcantes da indústria e dados e gráficos dos principais centros de pesquisa do Brasil e estrangeiros”, diz texto de lançamento do livro no Catarse. O prefácio é de Pena Schmidt, engenheiro de som desde os anos 1960, ex-executivo de gravadora e produtor (de Rita Lee a Titãs). Quem ler o livro, vai ganhar um bom conhecimento do que vem rolando com a indústria musical na era pós-streaming.
Em conversa com a jornalista Kamille Viola na Veja Rio, Marcelo comentou que procurou equilibrar o espaço entre estilos musicais no livro, e que seguiu o critério do “impacto, relevância, representatividade na cena contemporânea e peso dentro do gênero musical”. Os artistas selecionados foram os que mais frequentaram as listas de melhores do ano, em sites e blogs de música. Como além dos perfis, há uma lista bem grande de artistas recomendados, foram 255 nomes citados no livro.
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