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Cultura Pop

Tudo sobre Villains, disco novo do Queens Of The Stone Age

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Queens Of The Stone Age, Villains

DATA DE LANÇAMENTO: “Villains”, que é o sétimo disco do QOTSA, sai dia 25 de agosto. após alguns teasers divulgados pela banda e um vídeo engraçadinho em que o grupo aparecia respondendo-não respondendo perguntas sobre o álbum com um detector de mentiras (olha o vídeo aí). O interrogador do grupo é o músico, escritor e apresentador Liam Lynch.

O PRODUTOR: Mark Ronson, você deve saber, produziu Amy Winehouse, Adele, Paul McCartney (ficou famosa aquela história de que, com Ronson no comando, Paul estava ouvindo Usher e “baile funk”). Eles já se conhecem há uns tempos e dividiram trabalhos durante o disco mais recente de Lady Gaga, “Joanne” – os dois produziram a faixa “Diamond heart” e Homme tocou em quatro músicas do disco. “Eu o conheço casualmente há alguns anos”, contou Homme ao New Musical Express.

OS FILHOS: Casado com Brody Dale (vocalista dos Distillers) Homme tem três filhos: Camille (11), Orrin (5) e Wolf (um ano e quatro meses). Segundo ele, os pimpolhos vinham escutando bastante “Uptown funk”, single de 2014 de Mark Ronson com participação de Bruno Mars, e ele gostou do som. “Pensei: ‘Isso é fantástico, é um som bem direto’. E era a direção que eu queria para o disco novo”. Assim que encontrou o produtor no estúdio, quando trabalharam juntos no disco de Lady Gaga, tomou a decisão. “Isso vai confundir e desanimar as pessoas, e uma das melhores coisas de estar numa banda de rock é definir expectativas e desafiá-las”.

O SINGLE. É esse aí que provavelmente você já escutou, “The way you used to do”. E claro que ele vem provocando polêmica por aí por ser bem mais dançante que o normal do QOTSA. Homme disse que se trata de uma música “sobre sexo” e, no que diz respeito a como ela representa o som do disco, afirmou que “todas as músicas do disco têm uma filosofia em comum, que sempre foi a minha filosofia – mas parece que agora é ainda mais importante – que é a filosofia de que o agora é tudo que você tem. Você não precisa esperar e deve fazer tudo que quiser agora. Essa filosofia aparece em todos os momentos do disco. Tem uma urgência sem ser uma emergência, entende?”. Entende?

VILLAINS. Num comunicado, Homme disse que o aspecto mais importante do novo disco era “redefinir nosso som, perguntando e respondendo: ‘Como soamos agora?’ Se você não pode fazer um excelente primeiro disco, você deve simplesmente parar – mas se você fizer um ótimo disco, permanecer gravando e não fizer com que seu som evolua, você se torna uma paródia desse som original”.

VILÕES. Homme já se definiu politicamente como um “conservador”. O nome do novo disco, afirma ele, não tem nada a ver com política. É “uma palavra que soa fantástica” e “um comentário sobre as três versões de todos os cenários: o seu, o meu e o que realmente aconteceu. Todo mundo precisa de alguém ou algo para atrapalhar contra – o seu vilão. Você não pode controlar isso. O único que você pode realmente controlar é quando você deixa ir”.

ORDEM DAS MÚSICAS. “Villains” tem 46 minutos e apenas nove músicas. Pela ordem: “Feel don’t fail me” (5:41), “The way you used to do” (4:34), “Domesticated animals” (5:20), “Fortress” (5:27), “Head like a haunted house” (3:21), “Un-reborn again” (6:40), “Hideaway” (4:18), “The evil has landed” (6:30), “Villains of circunstance” (6:09).

O AUTOR DA CAPA. É o desenhista Boneface, que também já havia feito a capa do disco anterior, “…Like clockwork” (2011). Entre seus trabalhos mais conhecidos, está uma série de retratos de super-heróis ensanguentados ou desmaiados. O site Consequence Of Sound explica que há duas variações da capa: a que você vê abaixo no Twitter do Boneface, e uma outra, em tons de azul, em que escorre sangue do rosto do desenho que representa Josh Homme, e o diabão manda dois dedos do meio. É a chamada capa “indie” do disco. As duas versões de LP incluem uma folha de adesivos com desenhos de Bonehead, e a versão de luxe ainda acrescenta mais desenhos e gravuras. Você confere tudo na lojinha da Matador, gravadora do QOTSA.

https://twitter.com/b0neface/status/875380208349720576

O PRODUTOR É FÃ. Ronson disse, também ao NME, que o QOTSA é e sempre foi sua banda favorita de todos os tempos, “desde 2000, quando fui na Tower Records comprar ‘Rated R'”. “Eu também sabia que minha dedicação como fã não me manteria no cargo. Houve momentos em que estava ciente de que estava assistindo aos meus heróis musicais na criação de algo que certamente se tornaria um dos meus momentos favoritos em qualquer álbum do grupo. E ter minha dose de participação naquilo era como estar num sonho – um sonho muito pesado, sombrio e maravilhoso”.

TEM SHOW. O grupo já anunciou o começo da turnê do disco – por enquanto com datas apenas no Reino Unido. O pontapé inicial é justamente na Manchester Arena (onde rolou o atentado no show de Ariana Grande) no dia 19 de novembro.

https://www.instagram.com/p/BVXgVVzBHsK

E TEM CAMISETA. O material promocional de “Villains” já está à venda.

https://www.instagram.com/p/BVYWbQfBgHd

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Relembrando: Public Image Ltd, “The flowers of romance” (1981)

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Relembrando: Public Image Ltd, "The flowers of romance" (1981)

Keith Levene, guitarrista que se dividiu em vários instrumentos nesse The flowers of romance, chegou a afirmar que o terceiro álbum de estúdio do Public Image Ltd é “provavelmente o disco mais anti-comercial já entregue a uma gravadora”. Faz sentido: The flowers mal pode ser chamado de punk ou pós-punk. Está mais para uma aventura experimental e percussiva, com músicas compostas apenas de voz e bateria (a claustrofóbica Four enclosed walls), voz, percussão, sinos e ruídos (Phenagen), voz, bateria e sons orquestrais tirados com virulência punk (a faixa-título), voz, bateria brutal e ruídos (Under the house).

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O som vai do mais assustador e climático ao mais documental, com sons ciganos e flamencos unidos a uma espécie de “música de selva”, dada pelo som da bateria e pelos vocais de John Lydon. Hymie’s him, com sintetizadores, percussões e batidas de latão, soa “industrial” anos antes de tal termo ficar famoso. Banging the door é um quase reggae que destaca o uso de sintetizadores Moog. Francis Massacre é literalmente um massacre sonoro, trazendo vocais lamentosos, batidas tribais e sons de guerra. A associação com a música e o imaginário hispânico surgem já na capa, que traz Jeannette Lee, empresária, gerente e melhor amiga da banda (e hoje sócia da gravadora Rough Trade), com uma flor na boca, e ameaçando o fotógrafo (e o/a ouvinte do disco) com um pilão.

Curiosamente, mesmo sendo um disco tão anti-pop, The flowers of romance (o nome é o mesmo de uma banda cata-corno punk que surgiu antes dos Pistols, e da qual Keith Levene e Sid Vicious fizeram parte) acabou tendo lá suas dimensões pop. O som da bateria já foi elogiado por Phil Collins (que trabalhou depois com o produtor do disco, Nick Launay), e soa quase como se tivesse sido produzido para cinema, e não para um álbum.

Esse som cinematográfico não rolou por acaso. A turma do PiL (na época, os inimigos íntimos Lydon e Levene, mais o baterista Martin Atkins) aproveitou todos os recursos de um novo brinquedo do empresário Richard Branson: o estúdio The Manor, literalmente um estúdio de ponta construído numa mansão histórica. Antes de começar, foram sete dias (de um total de dez dias agendados) “curtindo” um bloqueio de compositor que travou toda a banda. Jah Wobble, baixista do PiL e sujeito cheio de ideias, saiu pouco antes da gravação, o que piorou um pouco as coisas – por acaso, só duas faixas de Flowers (Track 8 e Banging the door têm o instrumento.

The flowers of romance marcou um período de bons investimentos na banda ainda que não vendessem tanto – 1983 foi inclusive o ano do duplo Live in Tokyo, gravado no Japão, e que rendeu até um homevideo, mania da época. Daí para a frente, era o PiL virando algo mais próximo daquele som que pode até tocar no rádio, mas assusta. E muito.

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Relembrando: Vários, “O espigão – trilha sonora nacional” (1974)

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Relembrando: Vários, "O espigão - trilha sonora nacional" (1974)

Até os dez primeiros capítulos (que foi até onde assisti), O Espigão, novela das 22h exibida pela Rede Globo em 1974, e escrita por Dias Gomes, tem ritmo de série bem construída e passagens que lembram Os Simpsons. Por sinal, com a chance de cada personagem ali conseguir ser o Homer por alguns minutos, ou por alguns capítulos. Os três primeiros capítulos são tomados por um cavernoso engarrafamento no Túnel Novo – que divide Botafogo e Copacabana, na Zona Sul carioca – no último dia de 1972. Hoje dá para ver tudo no Globoplay, que resgatou a trama.

No túnel, os personagens vão aparecendo para, mais do que construir a história, dar uma baita sensação de caos. Isso porque parece que quase ninguém ali costuma ser ouvido ou enxergado de verdade. No caso do trio de bandidos interpretado por Betty Faria, Ruy Resende e Milton Gonçalves, nem eles conseguem enxergar sua própria falta de talento para roubar os outros, mas isso é apenas um detalhe.

Para quem passou a vida ouvindo as trilhas sonoras de O Espigão, a nacional e a internacional, lançadas pela Som Livre naquele mesmo ano, o mais legal é ver a utilização nos capítulos das faixas da trilha nacional (um perfeito disco pop-rock-MPB). Pela cidade, tema instrumental e quase progressivo do Azymuth, surge na primeira cena, com o assombrado Léo (Claudio Marzo) chegando de navio de Sergipe, passando pela Baía de Guanabara. Nessa hora, destaque para o estranho cromaqui marítimo e para as imagens das barcas Rio-Niterói em alto-mar.

Retrato 3×4, primeiro quase-hit de Alceu Valença, e segunda ou terceira tentativa de sucesso do cantor, antes da fama, surge nas cenas do assalto frustrado do trio de bandidos. Versos como “rasgue meu retrato 3×4/porque eles vão pintar o sete com você” dão a sensação de que a turma formada por Lazinha (Betty), Nonô (Milton) e Dico (Ruy) é bem mais robin hoodiana do que pode parecer. Na sombra da amendoeira, de Sá & Guarabyra, na voz do grupo niteroiense Os Lobos, dá vontade de visitar o tal casarão antigo que é, de fato, o tema da novela.

Alfazema, tema folk do hoje astrólogo Carlos Walker, surge inicialmente numa cena de total lesação e abandono na cidade grande (por sinal no fim da Rua Voluntários da Pátria, em Botafogo, Zona Sul do Rio, bem antes do excesso de bares e carros). Já o tema de abertura, o hard rock orquestral O espigão, de Zé Rodrix, vem da transição entre os álbuns I acto (1973) e Quem sabe sabe, quem não sabe não precisa saber (1974), os dois primeiros do cantor – que geraram um show apresentado no Rio em março de 1974, ao lado da banda Agência de Mágicos.

O repertório da trilha de O espigão ainda inclui um excelente e hoje cancelável samba-rock (Malandragem dela, de Tom & Dito, que tocou muito no rádio na época), uma música que surge como protesto à gentrificação no Rio, mas que tem mais a ver com a poluição em São Paulo (Botaram tanta fumaça, de Tom Zé), um tema clássico composto por Tuca (Berceuse), um samba antirracista com letra de Nei Lopes (Você vai ter que me aturar, com Sônia Santos) e um sambão triste composto e cantado por Benito di Paula (Último andar).

O espigão fez tanto sucesso que a trilha nacional voltou às lojas várias vezes. Volta e meia dá para achar um vinil a preço barato em loja de usados, mas o álbum foi relançado em CD na série Som Livre Masters, com remasterização comandada por Charles Gavin. Hoje é um caso raro de trilha de novela nacional dos anos 1970 que pode ser vista e ouvida.

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No nosso podcast, os primeiros anos do Soft Cell

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No nosso podcast, os primeiros anos do Soft Cell

O Soft Cell tá vindo aí pela primeira vez. A dupla de Marc Almond e Dave Ball se apresenta no Brasil em maio, e vai trazer – claro – seu principal hit, Tainted love. Uma música que marcou os anos 1980 e vem marcando todas as décadas desde então, e que deu ao Soft Cell um conceito todo próprio – mesmo não sendo (você deve saber) uma canção autoral. Era um dos destaques de seu álbum de estreia, Non stop erotic cabaret (1981), um dos grandes discos da história do synth pop.

No nosso podcast, o Pop Fantasma Documento, voltamos lá no comecinho do Soft Cell, mostramos a relação da dupla com uma das cidades mais fervilhantes da Inglaterra (Leeds) e damos uma olhada no que é que está impresso no DNA musical dos dois – uma receita que une David Bowie, T Rex, filmes de terror, Kenneth Anger, sadomasoquismo e vários outros elementos.

Século 21 no podcast: Red Cell e Noporn.

Estamos no Castbox, no Mixcloud, no Spotify, no Deezer e no Google Podcasts. 

Edição, roteiro, narração, pesquisa: Ricardo Schott. Identidade visual: Aline Haluch. Trilha sonora: Leandro Souto Maior. Vinheta de abertura: Renato Vilarouca. Estamos aqui de quinze em quinze dias, às sextas! Apoie a gente em apoia.se/popfantasma.

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