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Cultura Pop

Dez nomes brasileiros que já apareceram no podcast do Allah-Las

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Reverberation Radio: dez nomes brasileiros que já apareceram no podcast do Allah-Las

A banda californiana Allah-Las já andou pelo Brasil (fez shows aqui há dois anos) e, bem antes do Pitchfork fazer uma lista de discos essenciais do Tropicalismo, já demonstrava sua predileção pelos sons brasileiros dos anos 1960 e 1970 em entrevsitas. Conversando com Silvio Essinger, do Globo, e Pedro Antunes, do Estadão, o grupo formado por Pedrum Siadatian (guitarra), Spencer Dunham (baixo), Matt Correia (bateria) e Miles Michaud (voz e guitarra) falou bastante disso. “Ouvimos um monte de artistas brasileiros, como Caetano Veloso e Antonio Carlos Jobim. Ela navega parecia ser uma canção boa para um disco cheio de músicas sobre fim de caso”, contou Matt ao Globo, falando sobre uma canção em português com influência de bossa nova que a banda gravou.


Tem mais ali: a banda cresceu em áreas de Los Angeles onde o punk rock é a trilha sonora, ouviu muito rock de garagem e bandas sessentistas por intermédio dos pais. E em termos de música feita no Brasil, os caras vão além de predileções gerais como Mutantes e Tom Zé. Costumam citar nomes como Erasmo Carlos, Os Carbonos (grupo paulistano de músicos de estúdio que gravou com meio mundo nos anos 1960 e 1970) e até Baianos & Os Novos Caetanos.

Se você só ouviu falar dos Allah-Las hoje pelo Jornal Nacional, vai aí uma outra informação para você: são eles os responsáveis por um dos melhores podcasts da web. Ou melhor, não se trata propriamente de um podcast, visto que é só música, sem locução. É o Reverberation Radio (conheça aqui) que começou como programa de rádio na KXLU 88.9 FM, virou depois uma atração semanal da internet e pode ser definido como uma série semanal sobre psicodelia. A noção de que psicodelia era um estilo de vida veio por causa de um papo que o cantor Miles bateu com Patrick Campbell-Lyons, da banda britânica dos anos 1960 Nirvana (sim, nos anos 1960 tinha uma banda chamada Nirvana). “Ele explicou que o termo psicodélico não precisa necessariamente se referir a pirulitos e raios de lua, Lucy in the sky with diamonds, cigarros de maconha, ou os efeitos de drogas. Para ele, o termo tinha um significado mais amplo, mais simples e mais profundo. O psicodélico, explicou ele, refere-se à capacidade de uma pessoa expandir a mente, aumentar a compreensão através da busca de perspectivas alternativas e, se efetivo, expandir ou mudar o paradigma. O LSD pode ser eficaz nisso, até certo ponto. Mas também pode ser bom para isso um bom livro, uma grande banda, uma nova experiência ou, por assim dizer, a internet”, explicou num artigo para a revista Q.

O Reverberation está em sua 282ª edição e toca basicamente nomes perdidos dos anos 1960 e 1970, misturados com lados-Z de gente conhecidinha. E claro, muita coisa daqui do Brasil que eles descobrem fuçando por aí. Abaixo, você confere dez sons brasileiros que eles já postaram nas playlists.

BAIANOS E OS NOVOS CAETANOS – “DENDALEI”

CRISTINA CAMARGO – “MORAL TEM HORA”

NENO EXPORTA SOM – “DEIXA A TRISTEZA”

OS INCRÍVEIS – “SE MEU FUSCA FALASSE”

PERSONA – “LAGO”

AVE SANGRIA – “O PIRATA”

ANTONIO CARLOS & JOCAFI – “ALARME FALSO”

JUCA CHAVES -“TAKE ME BACK TO PIAUÍ”

MAR REVOLTO – “CONTENDAS DE SINCORÁ”

CHICO BUARQUE – “JORGE MARAVILHA”

E esse é Calico review, o terceiro disco dos Allah-Las, lançado no ano passado.

Cultura Pop

Roberto Carlos: agradecimento aos fãs e lembranças em “Eu ofereço flores”

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Roberto Carlos: agradecimento aos fãs e lembranças em "Eu ofereço flores"

Quando Roberto Carlos anunciou uma música nova chamada Eu ofereço flores, que foi cantada por ele em 19 de abril no show comemorativo de seus 82 anos – cidade natal de Cachoeiro de Itapemirim (ES) – imediatamente me veio à cabeça a antipatia de Roberto ao distribuir flores à plateia durante shows, no ano passado, quando ele chegou até mesmo a responder de maneira grosseira a um fã que testava sua paciência.

Seria uma maneira de fazer as pazes com o público, então? Talvez. Eu ofereço flores põe pela primeira vez em música um hábito que Roberto Carlos tem no fim de seus shows há anos, e que sempre tornou suas apresentações especiais para todos. Afinal, é um artista romântico que, no fim do show, oferece um presente para suas fãs mais dedicadas, em especial às fãs que têm coragem de se aventurar na frente para disputar uma das rosas com várias outras admiradoras (uma fã dele certa vez me confessou que lixava as unhas quase no formato de garras antes de ir aos shows de Roberto – e na hora de disputar as rodas, saía distribuindo unhadas nas concorrentes).

Eu ofereço flores, uma balada com belo arranjo orquestral (que ocupa o final da faixa, com direito a tímpanos para dar mais grandiloquência), é basicamente uma música feita por ele para agradecer aos fãs pelo amor e pela fidelidade durante suas seis décadas de carreira. “Eu quero agradecer/por tudo o que você/de bom me faz sentir/por tantas emoções/você me viu chorar/você me fez sorrir”, diz a letra. É uma boa surpresa para quem já estava acostumado à falta de novidades, já que se os álbuns anuais de Roberto deixaram de ser feitos em 2005, nem mesmo o hábito de lançar um single a cada ano foi adquirido pelo cantor. Aliás, o único single realmente memorável lançado por ele nos últimos tempos foi o de Esse cara sou eu, que já tem onze anos (Sereia, de 2017, feita para a trilha da novela A força do querer, não é tão brilhante).

  • E lembramos que temos um episódio do nosso podcast, o Pop Fantasma Documento, sobre a fase 1966/1967 de Roberto Carlos. Ouça aqui.

A nova música deixa um certo ar de despedida, até por ser um canção em que Roberto elenca tudo que o faz agradecer aos fãs, como se folheasse um álbum de fotografias. Será? Que seja apenas uma impressão. Para 2024, ano em que se comemora os 60 anos do bem sucedido álbum É proibido fumar, o cantor poderia se espelhar no exemplo de vários colegas mais novos, que fazem do lançamento de álbuns um acontecimento de grandes proporções, e lançar um novo disco. Sim: com doze faixas, nem que algumas delas sejam regravações.

Se o tal disco (que só existe na minha imaginação) trouxer músicas novas dele, unidas a canções novas de seus habituais fornecedores (a dupla Eduardo Lages e Paulo Sergio Valle, por exemplo), vai ser o sonho de muita gente. Os fãs merecem ser supreendidos mais uma vez por Roberto – e ninguém merece ver o maior cantor pop brasileiro de todos os tempos apenas virar meme todo final de ano com o “descongelamento” de sua imagem.

Foto: Reprodução da capa do single.

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Cultura Pop

No nosso podcast, Jimi Hendrix e o disco “Electric ladyland”

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Várias coisas que você já sabia sobre Electric Ladyland, de Jimi Hendrix

Raramente a gente faz um episódio do nosso podcast, o Pop Fantasma Documento, falando apenas de um disco – geralmente a gente escolhe uma época, uma fatia de vida de algum personagem da música. Dessa vez aproveitamos a proximidade do aniversário de 81 anos de Jimi Hendrix (ele chegaria a essa idade no dia 27 de novembro) para lembrar de um disco que não apenas é o melhor do guitarrista norte-americano, como também é um daqueles álbuns dos quais pode-se dizer que, depois dele, nada foi a mesma coisa.

No episódio de hoje, tudo o que você sabe, tudo que você não sabe e tudo que você deveria saber sobre Electric ladyland (1968), terceiro álbum do Jimi Hendrix Experience. Um disco que mudou o rock, a psicodelia, a guitarra e a tecnologia da música – num período em que a nova onda dos sintetizadores dobrava a esquina. E uma época que exigiu muito, emocionalmente e psicologicamente, de Hendrix. Ouça no volume máximo.

Nomes novos que recomendamos e que complementam o podcast: L’Rain e Julico.

Estamos no Castbox, no Mixcloud, no Spotify, no Deezer e no Google Podcasts. 

Edição, roteiro, narração, pesquisa: Ricardo Schott. Identidade visual: Aline Haluch. Trilha sonora: Leandro Souto Maior. Estamos aqui toda sexta!

Foto: Reprodução da capa do disco Electric ladyland.

 

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Cultura Pop

New Order: e o tal show de 1987 que foi parar na nova versão da coletânea “Substance”?

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Substance: relembrando a época em que New Order virou rei

Largamente pirateado por anos, e oficializado agora no relançamento da coletânea Substance 1987 com quatro CDs, o show do New Order dado em 12 de setembro de 1987 no Irvine Meadows Amphitheatre, em Irvine, Califórnia, virou uma espécie de ponto culminante da história do grupo. Pelo menos é o que diz Peter Hook no livro Substance: Inside New Order.

No show, o grupo tocou todo o repertório do álbum duplo Substance, do começo ao fim. O show está quase inteiro no CD 4 da versão nova de Substance. Faltam lamentavelmente as três últimas músicas, que eram duas versões de sucessos do Joy Division (Atmosphere e Love will tear us apart) e uma releitura de Sister Ray, do Velvet Underground. Falta também um trecho da introdução de The passenger, de Iggy Pop, tocado antes de True faith.

Durante a turnê de Substance, o grupo vinha dividindo o palco com o Echo & The Bunnymen e com o Gene Loves Jezebel, e a tour vinha sendo marcada por acontecimentos bem bizarros. O New Order tinha que se defrontar com o comportamento agressivo de Ian McCulloch (vocal do Echo), com o estrelismo do Gene Loves Jezebel e com situações-limite entre a paranoia e a comédia: o grupo ficou sem drogas no meio do giro, um integrante da equipe resolveu fazer uma encomenda ao cunhado traficante e… o pobre diabo foi pego pela polícia, com as encomendas da banda e com armas. “Ficamos convencidos de que passaríamos por uma batida policial”, disse Hook, que ainda tomou uma reprimenda da esposa de Ian McCulloch por se envolver com uma garota na turnê (o músico disse que era uma prima distante dele e ouviu: “Entendi, você beija sua prima na boca?”).

Não era a primeira vez que o New Order tocava todo o disco Substance, não. Em 3 de setembro de 1987, num show no CNE Grandstand (Toronto, Canadá), o grupo já havia feito isso, encerrando com uma versão do hit Age of consent. No caso do show de Irvine, Peter deixa claro no livro que o repertório do show surgiu de um pedido do co-empresário Rob Gretton. E diz que “foi um show tempestuoso, embora os acontecimentos anteriores significassem que foi marcado por uma grande tristeza”.

A tal tristeza a qual Peter se refere – e que tornou o show uma data especial na tour – foi que Bernard Sumner, cantor do New Order, enxergado como um sujeito difícil pelos colegas, resolveu aproveitar uma reunião que rolou antes do show para informar a todos que “queria trabalhar com outras pessoas”. Sumner acabaria de fato montando em 1988 o Electronic com Johnny Marr (Smiths), mas demoraria um pouco para esse projeto virar prioridade do vocalista. De qualquer jeito, ainda que o grupo não acabasse aí, caiu mal e o astral baixou totalmente antes da apresentação.  “Ele jogou a carta do frontman insubstituível e ganhou a banda”, reclamou Hook no livro.

NEW ORDER AO VIVO. As versões do show do Irvine Meadows surpreendem pelo caráter orgânico – até mesmo quando a banda dispara samplers e demais engenhocas – e pelos sons que tornam o New Order ao vivo um cruzamento perfeito entre punk e sons eletrônicos. Peter Hook transforma o baixo de Subculture em algo parecido com a versão original, do álbum Low life (1985). Alerta vermelho: para não rolar um corte brusco antes de True faith – por causa da supressão de The passenger – batidas a mais foram acrescentadas. Sumner dá as desafinadas costumeiras no vocal, em especial quanto tem que encarar a voz grave de Ceremony. Mas vale dizer que nada do clima baixo-astral dos bastidores pareceu vazar para o show.

Quer conferir o show como ele aconteceu de verdade (e como foi pirateado?). Tem no YouTube.

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