Lançamentos
J Mascis: single novo, “Can’t believe we’re here”, anuncia próximo álbum

Líder do Dinosaur Jr, J Mascis volta com seu quarto disco solo no dia 2 de fevereiro: What do we do now vai sair pela Sub Pop e vai ter dez faixas. O disco foi gravado em seu próprio estúdio, Bisquiteen, no oeste de Massachusetts, e Mascis recrutou Ken Mauri (tecladista do B-52) e Matthew “Doc” Dunn (multi-instrumentista canadense) para tocar com ele. Can’t believe we’re here, o primeiro single do álbum, acaba de sair, com um clipe que traz uma mescla de vídeos feitos à distância (pelo celular, ou pela câmera do computador). O som é pouca coisa mais tranquilo que o Dinosaur Jr.
“Quando estou escrevendo para a banda, estou sempre tentando pensar em fazer coisas nas quais Lou e Murph se encaixariam, disse Mascis em um comunicado à imprensa. “Quanto a mim, estou pensando mais no que posso fazer apenas com um violão, até mesmo para os solos”.
“É claro que desta vez adicionei bateria completa e solos de guitarra elétrica, embora as partes rítmicas ainda sejam todas acústicas”, continuou ele. “Normalmente, tento fazer o solo de forma mais simples para poder tocar sozinho, mas eu realmente queria adicionar a bateria. Depois que isso começou, todo o resto simplesmente se encaixou. Então acabou soando muito mais como um disco de banda. Não sei por que fiz isso exatamente, mas foi exatamente o que aconteceu”.
Abaixo, confira lista de faixas e a capa do disco de J Mascis.
01 Can’t believe we’re here
02 What do we do now
03 Right behind you
04 You don’t understand me
05 I can’t find you
06 Old friends
07 It’s true
08 Set me down
09 Hangin’ out
10 End is getting shaky
Lançamentos
NSLOD: single experimental, “Lost and found”, anuncia segundo movimento de trilogia

O projeto NSLOD (No Space Left On Device) retorna com single e clipe novos, Lost and found. A música puxa o EP novo do projeto criado pelo produtor, compositor e multi-instrumentista Alcides Honório Júnior, o Garfield, Muzik xperimentz #2. O disco está previsto para sair no dia 27 de novembro e é o segundo volume de uma trilogia. Detalhe: duas décadas separam os lançamentos do volume 1 e do volume 2 da série – o primeiro segmento foi um CD de 14 faixas distribuído pela gravadora Trama.
“Desde o início a ideia era lançar três discos. Não com uma distância de tempo tão grande entre eles”, conta. “Há uma grande similaridade entre os volumes. O dois é uma continuidade. Tanto que a faixa de abertura, Lost and found resgata as intenções do primeiro volume”, diz ele.
O clipe de Lost and found, diz ele, dá uma ideia do que vem por aí. “Fiz as imagens desse e de mais 2 clipes com um drone, na praia de Itacoatiara em Niterói (RJ). Foi um dia a passeio, levei o drone para o caso de surgir alguma oportunidade e acabou sendo perfeito, a praia estava toda enfeitada com guarda-sóis coloridos e bastante gente jogando bola. Parecia que eu havia contratado uma equipe, mas foi tudo acontecendo naturalmente, sem planejamento. Editando foi que percebi a riqueza dos detalhes. Editei e finalizei no software Adobe Premiere, trabalhando com bastante saturação de cor e o filtro mosaic, para obter o aspecto pixel art”, conta Garfield.
Já o futuro Muzik Xperimentz #3 deve ganhar as ruas, ou melhor, as plataformas, em breve. “A conclusão da trilogia está em andamento”, garante.
Lançamentos
Bru._.Jo: disco “florestal” que vale por uma trilha sonora

A dupla de irmãos Bruno Qual e Joana Queiroz adotou o significativo nome de Bru._.Jo, unindo as duas sílabas iniciais – mas dando a entender que tem magia na sonoridade experimental dos dois. O disco de estreia deles, que leva o nome da dupla, foi gravado na primeira semana de 2020 durante uma imersão na floresta, com sons de natureza, efeitos de estúdio, vozes e percussões – tudo sendo acrescentado nos três anos que se seguiram à gravação do álbum.
Na dupla, Joana toca instrumentos como clarinete e clarone (além de cantar) e Bruno é responsável pela parte eletrônica das gravações. As músicas são autoexplicativas, com títulos exemplificando bem detalhadamente o que se encontra em cada faixa. Formigas e lagartas lembra os sons de insetos e demais animais buscando espaço e trabalhando na terra. Névoa (Neblina, bruma) começa com o som dos sopros de Joana, prosseguindo com os efeitos de Bruno, e soa de verdade como se a nuvem gelada baixasse. Raízes e troncos abre com sopros com som de madeira, seguindo com programações que sugerem uma viagem interna em uma árvore. No fim, os quase dez minutos de Noite, sobrevoo, tamboro, com sons eletrônicos soando como aquele momento em que se pode quase ouvir o silêncio.
O resultado sugere um tom meio clássico, meio new age, e soa como uma trilha sonora para um filme das matas. Para intensificar o clima “natural”, tudo foi gravado sem isolamento acústico. O disco sai com distribuição da YB.
Foto: Taís Triveni/Divulgação.
Crítica
Ouvimos: Juliana Hatfield, “Sings ELO”

- Vigésimo disco da cantora norte-americana Juliana Hatfield, Juliana Hatfield sings ELO é o terceiro álbum de covers da cantora, que já lançou Juliana Hatfield sings Olivia Newton-John (2018) e Sings The Police (2019). Traz dez versões do grupo britânico Electric Light Orchestra.
- Juliana disse que uma das inspirações para o disco foi um vídeo no qual Jeff Lynne, líder da ELO, toca as músicas do grupo no violão, acompanhado por um pianista. “Mas ele está tocando um monte de músicas dele, seus sucessos, ele está tocando violão e seu pianista está tocando e as músicas soam muito bem naquela atmosfera despojada. É apenas uma prova de quão bem escritas são as músicas e quão sólidas elas são, quão sólidas são as construções. É quando você sabe que uma música é uma boa música – se ela puder ser tocada por alguém no violão e tocada sozinha e soar bem”, contou aqui.
Do grupo hiperproduzido e progressivo do começo, a Electric Light Orchestra passou a ser vista como um grupo cafona com o passar dos anos – afinal, não se faz a trilha de uma extravagância como Xanadu à toa, não se escreve um rock bacanudo de rádio AM como Mr. Blue Sky sem irritar roquistas radicais. Ouvidos hoje, álbuns como o duplo Out of the blue (1977) são verdadeiros sobreviventes, com uma sonoridade que alude a Queen, Beatles, Paul McCartney solo, Elton John e até Pearl Jam e Foo Fighters (pergunte a Dave Grohl se ele não adoraria ter composto boa parte das mais vendidas e populares da ELO).
Alternando discos autorais com álbuns de covers, Juliana Hatfield é a pessoa indicada para revisitar o repertório de Jeff Lynne e seus amigos – até por ter feito já um disco dedicado ao repertório de uma ex-parceira do grupo, Olivia Newton-John, a musa country que depois virou musa da aeróbica e do pop. Juliana Hatfield sings ELO dá um ar estradeiro e independente a clássicos como Sweet is the night, Don’t bring me down e Strange magic, como se tivessem sido feitos por uma banda desconhecida agraciada com um talento divino para compor.
O som do álbum equilibra-se entre o country de FM e o blues-rock de FM, só que passados num filtro indie, com direito às baladas tristes Telephone line e Bluebird is dead, e a Secret messages, outrora um pop perfeitíssimo, virada em power pop estilo Big Star. O resultado do álbum sai bem menos sujo do que em Juliana Hatfield sings Olivia Newton John, disco no qual ela resgatou corajosamente até Xanadu e Physical. Fiquei curioso pra saber o que Juliana faria de Mr Blue Sky (não está no disco e faz falta) ou de canções da fase mais prog do grupo, como a curiosa 10538 overture (idem). De dez faixas da banda, ela fez um álbum para recordar, embalar e apresentar uma era de ouro da composição pop-rock.
Nota: 7,5
Gravadora: American Laundromat Records
Foto: Reprodução da capa do álbum.
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