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Cultura Pop

Dez nomes do rock com mais de 80 anos

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Não era só Chuck Berry, morto nesse fim de semana aos 90, que tocava rock e tinha mais de 80 anos. Veja abaixo mais dez nomes – alguns deles eram até quase quarentões quando começaram a fazer sucesso.

JOHN MAYALL (83 anos): O multiinstrumentista de blues (canta, toca guitarra, teclados, gaita e até bateria), fundador da célebre banda John Mayall & The Bluesbreakers está com uma agenda de shows bastante recheada. Vários deles estão sold out (confira aqui). Já lançou disco novo em 2017, “Talk about that”. E tem uma “árvore genealógica musical” bem interessante no Spotify, com suas músicas e artistas preferidos.

YOKO ONO (84 anos): No sábado (18) lembramos de uma apresentação de John Lennon e Yoko Ono com Chuck Berry na televisão em 1972. E você sabia que a diferença de idade de Yoko e do já saudoso Chuck é de apenas seis anos? Yoko continua por aí, gravando discos e fazendo coisas, e postando nas redes sociais.

https://www.instagram.com/p/BRY0g5iDAkh/

QUINCY JONES (84 anos): Qualquer novo multi-homem da música (compositor, músico, produtor, empresário) deve ter suas qualificações medidas a partir de um padrão – e esse padrão se chama Quincy Jones. Ele continua produzindo e trocando ideias com novos artistas. Olha ele aí num bate-papo com Kendrick Lamar.

LITTLE RICHARD (84 anos): Outro grande pioneiro do rock. Não deve ter sido moleza para Little Richard se despedir de Chuck Berry nas redes sociais – bom, pelo menos a equipe de social media dele fez isso, num post do Facebook. Richard andou ganhando especulações a respeito de sua saúde (respondeu com um comunicado afirmando que “minha família não está reunida em torno de mim no leito de morte e eu continuo me apresentando, só não canto como já cantei um dia”) e, em 2016, pôs todas as suas gravações feitas entre 1957 e 1965 na caixa “Little Richard – Mono Box: The complete Specialty and Vee-Jay Albums”.

https://www.facebook.com/little.richard.fans/posts/1089447677850897

JERRY LEE LEWIS (81 anos): Se você estiver na Califórnia em abril, vai aí o aviso de que tem show do “killer” dia 28 do mês que vem, em Indio, no Stagecoach – California Country Music Festival. Quer ter uma ideia do que vai encontrar por lá? Um sujeito gravou na integra uma apresentação de Jerry em fevereiro de 2016 no Mississippi. O único problema é que o cara estava num local em que só dava para filmar o pianista de costas, mas o público parecia estar adorando. Olha aí.

PAT BOONE (82 anos): O “bom rapaz” da música pop americana tem se tornado mais um palestrante conservador e cristão do que um artista. Recentemente reclamou que o ex-presidente americano Barack Obama nunca celebrou nenhum feriado cristão na Casa Branca, declarou apoio a Donald Trump e comemorou dizendo que a eleição do sujeito era “um tapa na cara de Hollywood”.

TONY CAMPELLO (81 anos): O irmão da cantora Celly Campello hoje é mais conhecido como produtor (costuma cuidar das gravações de Sérgio Reis), mas vendeu muito disco nos anos 1950, na pré-Jovem Guarda. “Boogie do bebê” estourou de novo nos anos 1970 por causa da trilha da novela “Estúpido cupido”.

https://www.youtube.com/watch?v=PlBDwFq9jlU

CARLOS GONZAGA (92 anos): Mineiro de Paraisópolis, tinha pra lá de 35 anos quando estourou com a versão em português de “Diana”, de Paul Anka. Hoje, mais velho que Chuck Berry, é ancião da igreja Testemunhas de Jeová.

https://www.youtube.com/watch?v=gUWv8gra_F4

SERGUEI (83 anos): Apesar dos problemas de saúde (foi internado ano passado com problemas bronco-respiratórios), Serguei ainda faz shows e já declarou que um de seus sonhos é levar sua história para o cinema. Olha ele aí numa apresentação no ano passado (na festa Roll, no Saloon 79, no Rio de Janeiro).

https://www.youtube.com/watch?v=v3dVdyL_ZrM

BILL WYMAN (80 anos): Tem quem nem lembre disso, mas o baixista dos Rolling Stones entre 1962 e 1993 era cerca de seis anos mais velho que todo mundo da banda. No primeiro ano dos Stones já era casado e tinha um filho pequeno. Manteve-se afastado da aura autodestrutiva da banda na década de 1970 e sempre disse que seu maior vício no período em que esteve no grupo era pegar as fãs. Em 2015 lançou seu quinto disco solo, “Back to basics”. Hoje, recupera-se de um câncer na próstata, do qual se tratou em 2016.

QUASE LÁ: Ian Hunter (77 anos), Trini Lopez (79), Jet Black (baterista da banda punk The Stranglers, 78 anos)

(agradecemos a Marcelo Froes pela lembrança do Carlos Gonzaga e do Tony Campello).

Cultura Pop

Roberto Carlos: agradecimento aos fãs e lembranças em “Eu ofereço flores”

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Roberto Carlos: agradecimento aos fãs e lembranças em "Eu ofereço flores"

Quando Roberto Carlos anunciou uma música nova chamada Eu ofereço flores, que foi cantada por ele em 19 de abril no show comemorativo de seus 82 anos – cidade natal de Cachoeiro de Itapemirim (ES) – imediatamente me veio à cabeça a antipatia de Roberto ao distribuir flores à plateia durante shows, no ano passado, quando ele chegou até mesmo a responder de maneira grosseira a um fã que testava sua paciência.

Seria uma maneira de fazer as pazes com o público, então? Talvez. Eu ofereço flores põe pela primeira vez em música um hábito que Roberto Carlos tem no fim de seus shows há anos, e que sempre tornou suas apresentações especiais para todos. Afinal, é um artista romântico que, no fim do show, oferece um presente para suas fãs mais dedicadas, em especial às fãs que têm coragem de se aventurar na frente para disputar uma das rosas com várias outras admiradoras (uma fã dele certa vez me confessou que lixava as unhas quase no formato de garras antes de ir aos shows de Roberto – e na hora de disputar as rodas, saía distribuindo unhadas nas concorrentes).

Eu ofereço flores, uma balada com belo arranjo orquestral (que ocupa o final da faixa, com direito a tímpanos para dar mais grandiloquência), é basicamente uma música feita por ele para agradecer aos fãs pelo amor e pela fidelidade durante suas seis décadas de carreira. “Eu quero agradecer/por tudo o que você/de bom me faz sentir/por tantas emoções/você me viu chorar/você me fez sorrir”, diz a letra. É uma boa surpresa para quem já estava acostumado à falta de novidades, já que se os álbuns anuais de Roberto deixaram de ser feitos em 2005, nem mesmo o hábito de lançar um single a cada ano foi adquirido pelo cantor. Aliás, o único single realmente memorável lançado por ele nos últimos tempos foi o de Esse cara sou eu, que já tem onze anos (Sereia, de 2017, feita para a trilha da novela A força do querer, não é tão brilhante).

  • E lembramos que temos um episódio do nosso podcast, o Pop Fantasma Documento, sobre a fase 1966/1967 de Roberto Carlos. Ouça aqui.

A nova música deixa um certo ar de despedida, até por ser um canção em que Roberto elenca tudo que o faz agradecer aos fãs, como se folheasse um álbum de fotografias. Será? Que seja apenas uma impressão. Para 2024, ano em que se comemora os 60 anos do bem sucedido álbum É proibido fumar, o cantor poderia se espelhar no exemplo de vários colegas mais novos, que fazem do lançamento de álbuns um acontecimento de grandes proporções, e lançar um novo disco. Sim: com doze faixas, nem que algumas delas sejam regravações.

Se o tal disco (que só existe na minha imaginação) trouxer músicas novas dele, unidas a canções novas de seus habituais fornecedores (a dupla Eduardo Lages e Paulo Sergio Valle, por exemplo), vai ser o sonho de muita gente. Os fãs merecem ser supreendidos mais uma vez por Roberto – e ninguém merece ver o maior cantor pop brasileiro de todos os tempos apenas virar meme todo final de ano com o “descongelamento” de sua imagem.

Foto: Reprodução da capa do single.

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Cultura Pop

No nosso podcast, Jimi Hendrix e o disco “Electric ladyland”

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Várias coisas que você já sabia sobre Electric Ladyland, de Jimi Hendrix

Raramente a gente faz um episódio do nosso podcast, o Pop Fantasma Documento, falando apenas de um disco – geralmente a gente escolhe uma época, uma fatia de vida de algum personagem da música. Dessa vez aproveitamos a proximidade do aniversário de 81 anos de Jimi Hendrix (ele chegaria a essa idade no dia 27 de novembro) para lembrar de um disco que não apenas é o melhor do guitarrista norte-americano, como também é um daqueles álbuns dos quais pode-se dizer que, depois dele, nada foi a mesma coisa.

No episódio de hoje, tudo o que você sabe, tudo que você não sabe e tudo que você deveria saber sobre Electric ladyland (1968), terceiro álbum do Jimi Hendrix Experience. Um disco que mudou o rock, a psicodelia, a guitarra e a tecnologia da música – num período em que a nova onda dos sintetizadores dobrava a esquina. E uma época que exigiu muito, emocionalmente e psicologicamente, de Hendrix. Ouça no volume máximo.

Nomes novos que recomendamos e que complementam o podcast: L’Rain e Julico.

Estamos no Castbox, no Mixcloud, no Spotify, no Deezer e no Google Podcasts. 

Edição, roteiro, narração, pesquisa: Ricardo Schott. Identidade visual: Aline Haluch. Trilha sonora: Leandro Souto Maior. Estamos aqui toda sexta!

Foto: Reprodução da capa do disco Electric ladyland.

 

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Cultura Pop

New Order: e o tal show de 1987 que foi parar na nova versão da coletânea “Substance”?

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Substance: relembrando a época em que New Order virou rei

Largamente pirateado por anos, e oficializado agora no relançamento da coletânea Substance 1987 com quatro CDs, o show do New Order dado em 12 de setembro de 1987 no Irvine Meadows Amphitheatre, em Irvine, Califórnia, virou uma espécie de ponto culminante da história do grupo. Pelo menos é o que diz Peter Hook no livro Substance: Inside New Order.

No show, o grupo tocou todo o repertório do álbum duplo Substance, do começo ao fim. O show está quase inteiro no CD 4 da versão nova de Substance. Faltam lamentavelmente as três últimas músicas, que eram duas versões de sucessos do Joy Division (Atmosphere e Love will tear us apart) e uma releitura de Sister Ray, do Velvet Underground. Falta também um trecho da introdução de The passenger, de Iggy Pop, tocado antes de True faith.

Durante a turnê de Substance, o grupo vinha dividindo o palco com o Echo & The Bunnymen e com o Gene Loves Jezebel, e a tour vinha sendo marcada por acontecimentos bem bizarros. O New Order tinha que se defrontar com o comportamento agressivo de Ian McCulloch (vocal do Echo), com o estrelismo do Gene Loves Jezebel e com situações-limite entre a paranoia e a comédia: o grupo ficou sem drogas no meio do giro, um integrante da equipe resolveu fazer uma encomenda ao cunhado traficante e… o pobre diabo foi pego pela polícia, com as encomendas da banda e com armas. “Ficamos convencidos de que passaríamos por uma batida policial”, disse Hook, que ainda tomou uma reprimenda da esposa de Ian McCulloch por se envolver com uma garota na turnê (o músico disse que era uma prima distante dele e ouviu: “Entendi, você beija sua prima na boca?”).

Não era a primeira vez que o New Order tocava todo o disco Substance, não. Em 3 de setembro de 1987, num show no CNE Grandstand (Toronto, Canadá), o grupo já havia feito isso, encerrando com uma versão do hit Age of consent. No caso do show de Irvine, Peter deixa claro no livro que o repertório do show surgiu de um pedido do co-empresário Rob Gretton. E diz que “foi um show tempestuoso, embora os acontecimentos anteriores significassem que foi marcado por uma grande tristeza”.

A tal tristeza a qual Peter se refere – e que tornou o show uma data especial na tour – foi que Bernard Sumner, cantor do New Order, enxergado como um sujeito difícil pelos colegas, resolveu aproveitar uma reunião que rolou antes do show para informar a todos que “queria trabalhar com outras pessoas”. Sumner acabaria de fato montando em 1988 o Electronic com Johnny Marr (Smiths), mas demoraria um pouco para esse projeto virar prioridade do vocalista. De qualquer jeito, ainda que o grupo não acabasse aí, caiu mal e o astral baixou totalmente antes da apresentação.  “Ele jogou a carta do frontman insubstituível e ganhou a banda”, reclamou Hook no livro.

NEW ORDER AO VIVO. As versões do show do Irvine Meadows surpreendem pelo caráter orgânico – até mesmo quando a banda dispara samplers e demais engenhocas – e pelos sons que tornam o New Order ao vivo um cruzamento perfeito entre punk e sons eletrônicos. Peter Hook transforma o baixo de Subculture em algo parecido com a versão original, do álbum Low life (1985). Alerta vermelho: para não rolar um corte brusco antes de True faith – por causa da supressão de The passenger – batidas a mais foram acrescentadas. Sumner dá as desafinadas costumeiras no vocal, em especial quanto tem que encarar a voz grave de Ceremony. Mas vale dizer que nada do clima baixo-astral dos bastidores pareceu vazar para o show.

Quer conferir o show como ele aconteceu de verdade (e como foi pirateado?). Tem no YouTube.

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