Cinema
E o POP FANTASMA tá na mostra de filmes do David Bowie, no Rio

Dizem por aí que ninguém quer saber de rock e que o Rio de Janeiro, em particular, não é uma cidade roqueira. Quem falou isso não passa de um tremendo mentiroso: só nessa semana no Rio você pode encontrar duas mostras de dois grandes artistas do rock. Nirvana: Taking punk to the masses fica até dia 22 de agosto no Museu Histórico Nacional, traz memorabília farta da banda de Seattle e emociona qualquer pessoa que vestiu uma camisa de flanela nos anos 1990. E tem O homem que caiu na Terra, que sentou praça na Caixa Cultural, e traz até o dia 30 de julho quase trinta filmes que tiveram a participação, como ator, de ninguém menos que David Bowie.
“Com exceção de Christiane F, em que ele aparece participando como ele mesmo, focamos apenas em filmes nos quais Bowie faz papéis. É interessante observar que ele fez filmes muito diferentes um do outro, nunca seguiu uma linha. O próprio Bowie disse numa entrevista que não gostava de ser chamado de ‘camaleão’ porque ele não mudava, apenas evoluía, melhorava”, conta a curadora Roberta Sauerbronn, da Saraguina Filmes (que organiza a mostra). O homem que caiu na Terra (o nome, claro, veio do filme de Nicolas Roeg lançado em 1976, que teve Bowie como protagonista – e abriu as exibições) agendou debates sobre temas que a obra de Bowie levanta, como sexualidade, drogas, fama. “Ele trouxe esses assuntos para o mainstream, eram coisas que estavam no underground, eram discutidas lá”. Há um debate, nesta sexta (21), até sobre o estilo vanguardista de David Bowie.
E a novidade é que eu (Ricardo Schott, editor dessa bagaça aqui) fui convidado pela turma da Saraguina a fazer um podcast para a mostra. Escrevi, narrei e editei David Bowie e o Brasil, sobre as relações do camaleão (hum, ok) com nosso país. Ouvindo, você descobre que um guitarrista dele tocou com Gilberto Gil, que uma banda de forró já tocou Bowie (por vias tortas, mas tocaram), que uma banda da jovem guarda carioca tocou Rebel rebel… Não é porque fui eu que fiz não, mas tá muito legal. Ouça aí.
Se você ainda não arrumou tempo para ir à mostra, deixe de dar desculpas e arrume um jeito de ir – é dever cívico para qualquer fã de qualquer fase de Bowie, e o ingresso custa R$ 4. Olha só alguns filmes que você ainda pode assistir lá (você confere todos os horários no site da Caixa).
ROMANCE POR INTERESSE (The Linguini incident). Filme de 1991, dirigido por Richard Shepard. Comédia romântica passada em Manhattan, em que Bowie é um barman chamado Monte, colega de trabalho de Lucy (Rosanna Arquette). Aporrinhada constantemente pelos esporros do patrão, ela sonha em mudar de vida e tornar-se uma artista da fuga – aquela coisa de se amarrar todo (a), conseguir desatar todos os nós e escapar. Um problema técnico enquanto ela estava estava amarrada a uma cadeira, praticando para se tornar a versão feminina do Houdini, acaba aproximando-a (bastante) de Monte
PIERROT IN TURQUOISE OR THE LOOKING GLASS MURDERS. Filme de 1970. Uma das aprontações de Bowie no comecinho da carreira, quando era mímico e era parceiro e aluno de Lindsey Kemp. É exibido nesta sexta (21) numa mostra de curtas que ainda tem Empty (2000, de Tony Ousrler) e The snowman (1982, de Diane Jackson).
REAÇÃO COLATERAL (August). Filme independente de 2008 que fala sobre a crise pós-bolha da internet em 2001 e andou percorrendo o circuito de festivais. O norte-americano Austin Chick, diretor do filme, foi casado por quatro anos com a atriz brasileira radicada nos EUA Morena Baccarin (epa, faltou isso no nosso podcast).
O PIRATA DA BARBA AMARELA (Yellowbeard). Dirigido em 1983 por Mel Damski, essa comédia trazia Graham Chapman, ex-integrante do grupo humorístico Monty Phyton, interpretando o pirata do título. Bowie aparece durante poucos segundos no filme e sua participação nem chegou a ser creditada na época. Para quem curte referências pop, tem a dupla Cheech & Chong interpretando dois piratas e um personagem, Mr. Moon (Peter Boyle), criado em homenagem ao baterista do Who, Keith Moon, morto em 1978. Moon participou das primeiras reuniões do filme, ajudou a arrumar dinheiro e, originalmente, era a escolha do próprio Chapman, também roteirista do filme, para o papel do Barba Amarela.
APENAS UM GIGOLÔ (Schöner gigolo, armer gigolo). Enquanto morava em Berlim, Bowie arrumou tempo para participar deste longa de 1978, dirigido por David Hemmings, e que acabou se tornando célebre também por ser o último filme de Marlene Dietrich (morta em 1992). Bowie faz um oficial prussiano que volta a Berlim após o fim da Primeira Guerra, só consegue trabalho como cafetão (no bordel dirigido por Marlene) e, involuntariamente, vira pivô de uma disputa política.
FOME DE VIVER (The hunger). Bem antes de vampiros virarem moda, Bowie interpretou um chupador de sangue, John, que era marido da também vampira Catherine Deneuve (Miriam Blaylock). Em meio à noite e ao submundo de Nova York, os dois conseguem passar por um casal de góticos sem maiores problemas. Tem a famosa cena de sexo lésbico entre Catherine e Susan Sarandon, que até hoje arranca uivos de homens e mulheres.
EU, CHRISTIANE F, 13 ANOS, DROGADA E PROSTITUÍDA (Christiane F). Em 1978, dois jornalistas alemães, Kai Hermann e Horst Hieck, foram investigar os flagelos da heroína e da prostituição na cena formada pela estação de metrô Zoo e por locais como a discoteca Sound, em Berlim. A reportagem, que incluía detalhes do julgamento de uma menina de 13 anos (Christiane Vera Felscherinow) virou matéria de revista, livro e, em 1981, filme, dirigido por Ulrich Edel, com a atriz alemã Natja Brunckhorst, então com 15 anos, no papel-título. Bowie, ídolo da turma de Christiane F e morador de Berlim na época da reportagem, aparece cantando em um show na cidade em 1978. Detalhe: por causa de problemas de agenda, a produção precisou mandar gravar Bowie no palco em Nova York – as imagens de plateia foram feitas durante uma apresentação do AC/DC em Berlim.
LABIRINTO – A MAGIA DO TEMPO (Labyrinth). Ao que se comenta, o clássico que apresentou Bowie a uma série de fãs crianças deverá ganhar uma releitura, dirigida por Fede Alvarez (O homem nas trevas). O filme de 1986 dirigido por Jim Henson e produzido por George Lucas, conta a história de Sarah (Jennifer Connelly, ainda novata) que precisa passar por um enorme e complexo labirinto para resgatar seu irmão mais novo, sequestrado por Jareth, o Rei dos Duendes (Bowie).
https://www.youtube.com/watch?v=BP51a09XmNY
Cinema
Gaiola da Morte: o primeiro (e único) filme de kickboxers made in Brazil

Se você era adolescente no final dos anos 1980, quando as videolocadoras se alastraram pelo Brasil afora e se tornaram uma verdadeira febre, você há de lembrar de pelo menos um filme com a palavra “kickboxer” no título: Graças ao sucesso no Brasil de Kickboxer – O desafio do dragão, um dos trabalhos mais famosos do Jean Claude Van Damme por aqui, as distribuidoras enxergaram ali uma galinha dos ovos de ouro e saíram colocando “kickboxer” em tudo quanto fosse possível, espremendo a laranja até o bagaço (com o perdão da metáfora hortifrutigranjeira)
E mesmo películas que não tinham nada a ver com o assunto ganharam títulos escalafobéticos como por exemplo American Ninja 4 (série que fazia razoável sucesso por aqui), que foi lançado nos cinemas e em VHS como O grande kickboxer americano – A aniquilação dos ninjas (!!!) ou a divertida série Operação Condor estrelada pelo Jackie Chan, que era uma espécie de versão bem humorada do Indiana Jones e que aqui se tornou Um kickboxer muito louco. Mas o que pouquíssima gente lembra é que até o Brasil tentou entrar nessa onda, com o obscuro A gaiola da morte (1992).
Quem teve a ideia foi Fauzi Mansur, produtor e diretor de diversas pornochanchadas sem noção na mítica Boca do Lixo, mas que, com a decadência de lá, se viu obrigado a atirar pra todos os lados na tentativa de ganhar uma sobrevida. Primeiro partiu pros filmes de sexo explícito, o que não deu muito certo porque, com o advento do VHS, o pessoal passou a preferir ver sacanagem na privacidade do seu lar. Percebendo que havia errado no timing, dirigiu um filme de terror em inglês para o mercado exterior chamado Ritual of death que também não deu em nada. Já bastante preocupado tanto com a saúde financeira quanto com a falta de perspectivas para o cinema nacional (Collor assumiu e extinguiu a Embrafilme), tentou sua última cartada aproveitando o filão do momento, produzindo um filme de pancadaria.
Para o papel principal, foi chamado Paulo Zorello, que na época era tricampeão mundial de kickboxing pela WAKO (World Association of Kickboxing Organization). OK, ele não tinha nem metade da fama e do reconhecimento que um Anderson Silva ou Vitor Belfort têm hoje em dia, mas era respeitado no meio e volta e meia era capa e/ou dava entrevistas em publicações voltadas às artes marciais. Esse foi seu único trabalho como ator e, assistindo A gaiola da morte é fácil entender o porquê, já que ele era tão expressivo quanto um poste, mas isso não vem ao caso; afinal, era um filme de artes marciais e nisso ele se garantia muito bem.
No elenco temos ainda várias pessoas que quase ninguém se lembra e. como maior “estrela”, Ênio Andrade, que se notabilizou por participar de obras como O olho mágico do amor e Onda nova (filme esse que viralizou no Youtube graças a uma cena onde uma mulher chega para o ex-jogador Casagrande e solta a pérola “eu sou virgem e queria que você me descabaçasse”). Na direção, foi escalado Waldir Kopesky, e isso pra mim beira o incompreensível, haja vista que tudo que ele dirigiu antes foram filmes pornôs de títulos como A noite do troca-troca e Minha égua favorita. Algo assim tinha tudo para não dar certo… e foi o que aconteceu.
O roteiro praticamente inexiste: um certo professor Yago sequestra lutadores de artes marciais dos quatro cantos do Brasil para gravar lutas numa gaiola (daí o nome, dããã!) repletas de armadilhas onde, como diria o Master Blaster em Mad Max 3, “dois homens entram e um homem sai”. Depois ele lucrava vendendo cópias das fitas no mercado negro. Desesperada com o sumiço de seu irmão, que foi raptado pelo tal Yago, uma mulher (interpretada pela atriz Claudia Abujamra) vai na academia do Paulo Zorello e pede ajuda a ele (não, você não leu errado; Paulo interpreta a si mesmo!) para descobrir o que houve.
Aposto que você que está lendo essas mal redigidas linhas e consumia filmes de artes marciais nos anos 1990 deve ter achado essa sinopse familiar, não é mesmo? Acredite, há uma razão para isso: Ela é um plágio descarado de O rei dos kickboxers, filme de 1990 que fez um enorme sucesso nos cinemas brasileiros. A única diferença é que na versão americana era um policial quem ajudava a irmã da vítima; já aqui, tudo parece ser um veículo para tentar transformar Paulo Zorello numa espécie de Van Damme tupiniquim.
Nesse momento você amigo(a) leitor(a) deve estar se indagando “tá, mas e a pancadaria? Funciona?” e eu, com muito boa vontade, vou dizer que sim, embora A gaiola da morte tenha defeitos tão gritantes que às vezes tenhamos que fechar um olho pra conseguir relevar. Os cenários são paupérrimos (parecem saídos do Chapolim ou do Chaves) e os efeitos sonoros, exageradíssimos (Os socos soam como tiros e os chutes parecem chicotadas) Porém, quando o assunto é a porrada propriamente dita, a coisa não deixa nada a dever para seus co-irmãos da época. Zorello, embora seja um desastre atuando, sabia muito bem o que estava fazendo na hora de distribuir sopapos e, quando o bicho pega, ele não faz feio.
A coreografia das sequencias parece um pouco desengonçada, mas se pararmos para pensar que ninguém envolvido na produção tinha experiência anterior com filmes do gênero, até que não está tão mal. E os últimos 30 minutos são simplesmente inacreditáveis, um verdadeiro festival de sopapo para tudo quanto é lado com direito até a um capoeirista que consegue desviar de tiros (!!!!) É insano demais, e, por isso mesmo, hilário!! É ver para crer!!
A lamentar, somente o fato de essa obra ter sido esquecida da maneira que foi. Além de ter passado em poucos cinemas, ainda foi lançado em VHS por uma empresa bastante obscura chamada Key Art e, se mesmo nos anos 1990, era difícil pra caramba encontrá-lo nas videolocadoras, imagina só achar um exemplar dando sopa por aí hoje em dia…para piorar, também nunca saiu em DVD, entretanto uma alma caridosa resolveu colocá-lo na íntegra no Youtube. A cópia não está das melhores, mas quem se importa? Vale mesmo assim como registro de uma época em que o cinema nacional não tinha lá muitos recursos e mesmo assim não tinha medo de ousar!
Cinema
Jane Birkin, atriz britânica

Vai que alguém esqueceu, mas a já saudosa Jane Birkin, apesar de ter sido popularizada por causa de sua relação com a música e a cultura da França, era uma atriz inglesa. Veio de Londres, era uma figura ligada à swinging London sessentista, e nem sabia falar francês quando apareceu em Slogan, comédia romântica de 1969 na qual contracenou com Serge Gainsbourg, que passou a namorar. Teve duas horas pra aprender o básico do idioma e, quando estava esperando para fazer o teste, bateu aquela crise. “Ouvi outra atriz dizendo todas as linhas do roteiro lindamente, e pensei: ‘Ela é perfeita’. A atriz era Marisa Berenson. Mas (o diretor) Pierre Gimblat me quis para o papel”, contou.
Seu irmão Andrew Birkin era outra figurinha proeminente da mesma turma londrina, como diretor e roteirista de cinema. Em 2014 Andrew lançou o livro de memórias fotográficas POV: A life in pictures, relembrando como foi conviver com uma gama de famosos que incluía dos Beatles (foi assistente de direção do famigerado telefilme Magical mystery tour) a Walt Disney (Andrew migrou para Hollywood em 1964 e teve contato com o pai do Mickey Mouse).
No livro e em entrevistas, Andrew documentou, entre outras coisas, o começo do relacionamento entre a irmã Jane e o autor de trilhas de filmes John Barry, “contra o conselho combinado de familiares e amigos em comum que consideravam John um compositor brilhante – e um péssimo marido”, afirmou Andrew. Anos depois, Jane disse que topou fazer uma cena de nu frontal no filme Blow up – Depois daquele beijo, de Michelangelo Antonioni, justamente por causa de Barry, que havia falado pra ela que ela não teria coragem de fazer isso. “Me ofereceram um papel em Blow Up e ele disse que eu não teria coragem de ficar nua, então pensei: ‘Bem, eu vou fazer e isso vai deixá-lo animado”, contou ao Daily Mail.
E, bom Blow up foi um dos filmes que Jane fez naquilo que, forçando um pouco… Aliás forçando muito, mas a gente faz isso às vezes, dá pra chamar de fase psicodélica da carreira cinematográfica dela. Eram filmes que se aproximavam bem mais de uma linguagem revolucionária, artística e pop – que gerou filhotes como Chelsea girls, de Andy Warhol, e Performance, de Donald Cammel e Nicholas Roeg, com Mick Jagger. Uma fase que estava bem longe de ser a mais gloriosa da carreira dela, já que Jane seguia aquele mesmo esquema de atores iniciantes: poucas cenas, personagens que pouco apareciam e nome que nem aparecia no elenco.
Começou com a comédia Lições de sedução (1965), dirigida por Richard Lester, que fez os filmes dos Beatles. Era a história de Colin (Michael Crawford), um professor meio esquisitão que quer aprender a conquistar garotas. Barry fez a trilha sonora, mas a personagem de Jane aparecia pouco e nem sequer tinha um nome. Seguiu com The idol, filme de 1966, dirigido pelo canadense Daniel Petrie, que narra uma história bem dramática envolvendo estudantes de arte e a vida burguesa e boêmia de Londres nos anos 1960. Esse filme tá inteirinho no YouTube. Procura Jane aí.
Kaleidoscope, filme de 1966 dirigido por Jack Smight, tinha Warren Beatty e Susannah York nos papeis principais e contava uma história mais proxima do universo dos anti-heróis da nova Hollywood do que do dia a dia da psicodelia britânica, envolvendo mesas adulteradas de cassinos e traficantes de drogas. Jane Birkin, ainda em clima de total início de carreira, aparece bem pouco no filme, lá pela uma hora de duração, como uma moça chamada Exquisite Thing, que é cliente de uma butique jovem sessentista, que pertence à personagem de Susanna York. Uma outra novidade é que ela aparece contracenando com Pattie Boyd, modelo, atriz e então esposa do beatle George Harrison, numa cena rápida – Pattie é uma das vendedoras e o personagem dela nem tem um nome.
1966 foi também o ano de Blow up, de Michelangelo Antonioni, um filme tão redefinidor e tão ligado ao rock e a à cultura pop da época que merecia um texto só pra ele. Não foi um momento tão glorioso assim do comecinho de Jane, que apareceu numa cena de nu frontal e mais nada – mas tornou o nome dela bastante discutido por causa da, digamos assim, ousadia. Agora, o melhor viria depois com Wonderwall, filme de1968, dirigido pelo norte-americano Joe Massot, baseado na paixão e no voyeurismo do nerd cientista Oscar Collins (Jack McGowran), vizinho da modelo Penny Lane (Jane Birkin, aí sim com um papel bacana). A trilha sonora do filme também se tornou ilustre: foi o primeiro disco solo de George Harrison (Wonderwall music) e foi igualmente o primeiro álbum lançado pela Apple, gravadora dos Beatles.
E Wonderwall também está inteirinho no YouTube. Pega aí. Depois disso, Jane teria papéis melhores, participaria de produções divididas entre dois, três países (o ousado La piscine, de 1969, era franco-italiano, e trazia a atriz contracenando com Alain Delon e Romy Schneider). E faria sucesso como cantora. Saudades dela.
Cinema
Já ouviu o Ghost cantando “Stay”, das Shakespears Sister?

Lembra de Stay, hit romântico de 1992 das Shakespears Sister? Esse clássico do pop tá de volta, na releitura de um grupo que volta e meia reaparece com releituras inusitadas. O Ghost regravou a música para a trilha de mais um filme da franquia Sobrenatural (A porta vermelha, de Patrick Wilson, já em cartaz). Estreando como diretor no filme, Wilson estava ansioso para ter a música do Ghost na trilha sonora. Ao ouvir Spillways, a colaboração do Ghost com Joe Elliott (Def Leppard) lançada no início deste ano, teve a ideia de fazer um dueto com a banda.
Tobias Forge, líder do Ghost, já estava trabalhando num cover de Stay, que fez bastante sucesso na Suécia, país do grupo, conhecido por sua aparência pesada e satânica, mas também pela disposição para lidar com melodias bastante amigáveis. Wilson disse em comunicado que considera o Ghost uma das bandas mais exclusivas que existem, e que o grupo se comunica com a música que ele ouvia em sua infância e adolescência. “Sou uma criança dos anos 80, quando vozes altas e guitarras ardentes eram tocadas em todos os bailes, todos os estacionamentos de lanchonetes e todos os dias em minha casa. Ghost tinha a mistura certa de metal, melodia e uma imagem inesquecível. Isso vindo de um cara que colecionava figurinhas do Kiss nos anos 70… então eu reconheço uma boa marca e imagens de rock quando as vejo!”, afirmou.
A versão do Ghost mantém o mesmo clima pop-gótico do original, mas dá a canção um aspecto mais sombrio e meio gospel-satânico, digamos assim. Olha aí como ficou.
E esse é o original. Por sinal, a música já tinha um clipe bem funéreo, digamos assim.
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